A propósito do cancelamento …

Quem se der ao trabalho de ler o “IF” de Rudyard Kipling, verá nesse magnifico poema a resposta a tantos dos nossos “Se s…”

Ver naufragar o trabalho de uma equipa que com toda a dedicação e empenho pretendia, tão só, dar valor à vela nacional e à cidade de Viana do Castelo… (Se!)

Sou testemunha do trabalho e da forma como o CVVC organizou este campeonato que foi sem motivo suspenso pela autarquia, tudo estava preparado de acordo com as regras da situação de pandemia, tudo estava devidamente acautelado.

Criaram-se todas as condições de distanciamento, higiene e segurança para que o campeonato se realizasse e fosse um êxito, “por razões que a razão desconhece” na véspera do dia tudo foi cancelado, sem se ter em conta ou consideração, o trabalho desta equipa, que como sempre dá tudo por tudo para que a cidade se orgulhe de receber. Tem por hábito receber bem.

Desta vez não foi o caso, não se teve em atenção os gastos feitos pelos pais, pelos clubes participantes e seus atletas. Estamos prontos para nos defendermos e defendermos os bons e os maus amigos e para com todos responderemos com a mesma atitude, TRABALHO!

Resta-nos pois esta vontade de dizer “persiste”!

Estamos convencidos que conseguimos tratar o “triunfo e a derrota como dois “impostores”, somos uma equipa que sabe o que quer e para onde quer ir. Continuamos a sonhar sem sermos escravos do sonho, continuamos a acreditar na utopia, mesmo depois de atingirmos a linha do horizonte longínquo.

Uma consequência da inconsequência que alheia à nossa vontade, SE ter cancelado o Campeonato Nacional 2020 de Optimist em Viana do Castelo, foi a demissão do nosso presidente da Direção António Cruz, passou o leme a outro timoneiro, outra atitude não seria de esperar de quem tem caráter, uma vez que tudo foi feito com conhecimento de todos para que o campeonato se realizasse em Viana do Castelo.

António Cruz continua a ser um dos nossos, ele sabe que todos estamos no mesmo barco, sabemos o que queremos e qual o rumo a traçar. Conhecemos os ventos e o mar e sabemos que nem sempre se navega com bom tempo. A ordem que foi dada pelo timoneiro é continuar e nós cá estamos.

Como diria Charlie Chaplin no seu discurso em “O Último Ditador”: “…Mais do que inteligência precisamos de afeição e atitude, sem estas virtudes a vida será violenta e tudo estará perdido…”.

Há muito boa gente a pensar muito e a fazer pouco, deixem-nos só trabalhar a bem dos desportos náuticos, da cidade e da Vela em particular. Não vivemos de subsídios.

Mário Pena
CVVC

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