“O atletismo é para todos e o futuro do clube está garantido”

Manuel Vaz está à frente do Centro de Atletismo de Mazarefes (CAM) há dezenas de anos. Esteve na fundação do clube, em 1987, e agora afirma que é necessário pensar na renovação da equipa diretiva. O CAM conta com dezenas de atletas e na última prova nacional ficou em terceiro lugar, nos femininos, e em quarto, nos masculinos.

Em Mazarefes existia uma Associação, que “tinha várias atividades, entre elas o atletismo”. Contudo, dado o número de participantes, um grupo de amigos entendeu que “deveríamos fazer um clube independente”, explicava Manuel Vaz. O presidente do CAM dizia que “começámos a treinar na rua e havia um espaço junto à escola primária”. Em colaboração com a Câmara “fizemos um local para a prática da modalidade. Hoje é único no país. É igual a qualquer outra pista, mas com uma dimensão menor. A pista tem 200 metros”.

Os 78 atletas, divididos em 45 masculinos e 33 femininos, estão integrados nas diferentes modalidades e escalões, desde corrida, lançamentos e saltos.

Família CAM
Os atletas, dos seis aos 50 anos federados, participam em 10 modalidades. Manuel Vaz acrescenta, contudo, que há muitos atletas que deixam de estar federados, mas continuam ligados ao clube a participar em provas amadoras. Recentemente estabeleceram uma parceria com o W48 para impulsionar a prática de trail.

Para além de provas de atletismo, trail, o CAM organiza, pontualmente, caminhadas.
Manuel Vaz fala da necessidade de captar os atletas nas escolas. A localização da pista de Mazarefes é, na opinião do presidente, privilegiada. “A nossa pista deve ser das mais bem colocadas no país, porque está localizada junto de uma escola primária e pode e deve ser utilizada pelos miúdos”, refere. Acrescentando que para além desta mais-valia são necessários mais melhoramentos. “Precisamos de mais espaço para fazer essas melhorias.

O ideal é ter mais terreno para fazer outras estruturas que são necessárias. Esta pista tem de ser melhorada, porque qualquer prática desportiva exige trabalho de ginásio e nós não temos essa estrutura. ou melhor temos algo improvisado”.

Os apoios são sempre bem-vindos. Manuel Vaz sublinha o apoio da autarquia vianense, da Junta de Mazarefes, mas também de todos os atletas, que são sócios do clube. A própria equipa técnica, constituída por sete elementos, e com formação específica “não ganha nada, antes pelo contrário ainda paga as deslocações” para os treinos.

Escola de campeões
Com campeões do mundo, nacionais e regionais, o Centro de Atletismo de Mazarefes continua a querer ser uma escola da cidadania e da prática de hábitos saudáveis. “A competição e as vitórias para nós vêm em segundo plano, pretendemos ser uma escola da vida”, manifesta Manuel Vaz. Adiantando, no entanto, que “temos campeões nacionais, regionais. Já fomos campeões nacionais por equipas da terceira divisão na época 2009/2010. E por duas vezes fomos terceiros classificados. Ainda na prova do fim de semana ficamos em terceiro lugar, em femininos, e em quarto lugar, em masculinos”.

O clube tem ainda um vice-campeão individual do mundo e um campeão mundial por equipas, Domingos Barros.

Os atletas são oriundos de Viana, Valença, Esposende, Famalicão e Ponte de Lima. Deste último concelho recebem um atleta com deficiência visual que tem um treino e acompanhamento específico.

Os treinos iniciam-se em outubro e as provas decorrem de janeiro a julho de cada ano. O presidente do clube convida todos os interessados em praticar a modalidade a ir à pista, em Mazarefes, às terças, quintas e sextas, das 19h às 21h.

“O futuro do CAM está garantido, porque temos pessoas muito jovens. O atletismo é sustentado por pessoas que foram atletas. Não vamos pensar que serão pessoas de outras modalidades. Todos os nossos treinadores foram atletas e todos têm formação dada pela Federação Portuguesa”, conclui.

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