Viana do Castelo – Cidade Europeia do Desporto 2023

Candidatura oficial a apresentar em 2022

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, no opúsculo publicado pela CM sobre a próxima candidatura afirma: “O Município de Viana do Castelo tem-nos habituado a trabalhar incessantemente pelo desporto. Já há muitos anos se entendeu que aqui em Viana o desporto é um dos instrumentos de política pública para mudar e magnificar vidas.”

Por sua vez, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, corrobora, na mesma publicação: “Viana do Castelo é um concelho que respira desporto. Assumo o privilégio de liderar um território apaixonado pelo desporto, que promove inúmeras atividades ao longo de todo o ano.”

Não podíamos estar mais de acordo com tais afirmações.
Verdade insofismável.

Todavia gostaríamos de dar uma achega ao porquê deste fenómeno desportivo verificado em Viana do Castelo a que a Câmara Municipal tão bem soube (sabe) acarinhar.

As instalações modelares que a Câmara Municipal disponibilizou à cidade, nomeadamente o Centro de Alto Rendimento de Surf, o Centro de Canoagem, o Centro de Vela e o Centro de Remo, que integram o projeto âncora “Centro de Mar”, assume-se como aposta série no desenvolvimento dos desportos náuticos.

Sem descorar outras modalidades, refira-se o Estádio Municipal Manuela Machado, que acolhe as diversas disciplinas do Atletismo e os já numerosos campos de futebol do concelho, que a Câmara Municipal tem vindo a apoiar, na implantação de pisos sintéticos e melhoria de balneários. Também vários pavilhões polivalentes têm sido edificados na cidade estendendo-se à Meadela e Afife, com numerosa frequência.

Para maior enriquecimento do parque desportivo da cidade, iniciaram-se as obras de transformação da velha Praça de Touros num espaço para a prática do Voleibol, Andebol, Basquetebol, Esgrima e Ginástica para além de outras modalidades, que a Escola Desportiva de Viana acolhe.

Para uso destas modelares instalações, regista Viana do Castelo e sua região, milhares de praticantes devidamente enquadrados pelos seus treinadores e monitores. Não colhe aqui o destino de várias cidades com estádios que custaram milhões, casos de Aveiro, Leiria e Algarve, hoje autênticos “elefantes brancos”, por falta de utilização!

Analisemos, ainda que superficialmente, as motivações que estimularam a Câmara Municipal a criar tantas e tão boas instalações para a prática desportiva.

Após o 25 de Abril, no governo democrático de então, coube ao desporto um programa ambicioso com a criação pela Direção Geral de Desportos de delegações regionais sediadas em todas as capitais de distrito. Cada distrito indicou o seu representante que o governo nomeou por publicação em Diário da República.

Viana do Castelo iniciou com o Delegado Distrital, Romeu de Sousa, advogado, que pouco tempo depois pedia a demissão, assumindo uma Comissão Administrativa os destinos da Delegação. Ainda assim deixou obra valiosa, perante a dificuldade de arranque da Delegação, essencialmente, pela falta de estruturas e ausência de sensibilização da população para a prática desportiva. Reuniu então um grupo de amigos “carolas” do desporto a quem convidou para com ele meterem ombros ao lançamento do ambicioso Plano de Atividades da D.G.D. Foram os homens do ENDO.
(Continua)
Amândio Passos Silva

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