Acessos ao porto de mar com atrasos

A adjudicação dos acessos ao porto de mar, entre o Cabedelo, rotunda da Amorosa e zona industrial do Neiva (nó da A28), ocorreu a 26 de novembro de 2018, com prazo de execução de ano e meio. Todavia, a obra estará a andar mais devagar do que inicialmente previsto e isso motivou, esta segunda-feira, uma intervenção, na Assembleia da República, do deputado vianense Eduardo Teixeira (PSD).

Este referiu que, em dezembro de 2019, a Câmara Municipal reduziu a despesa orçamentada, no montante de 5, 6 milhões de euros, supostamente por causa da Direção Geral das Infraestruturas e Equipamentos, que não terá transferido o grosso da fatia. Isto porque – disse-nos – na receita há o mesmo montante, de 1, 5 milhões, nas infraestruturas, do que no lado da despesa, o que deverá ter relação com os acessos.

O deputado queria saber qual a responsabilidade da Direção Geral, tutelada pelo Ministério das Infraestruturas, na transferência da verba, dado os alegados prejuízos para o porto de mar e as populações locais que advém do facto da obra estar praticamente parada.
Na altura, o secretário de Estado das Infraestruturas, o também vianense Jorge Delgado, disse desconhecer pormenores sobre este assunto, dado, como disse, não ser da sua tutela.

EXPLICAÇÕES DO PRESIDENTE DA CÂMARA

No final da reunião efetuada no dia seguinte, o edil José Maria Costa observou que a obra está orçada em 5, 3 milhões de euros, com oito quilómetros de extensão e envolve a construção de uma nova plataforma rodoviária, passagens hidráulicas e passagem desnivelada, estando agora em fase de execução.

O troço entre o Cabedelo (Darque) e Amorosa (Chafé), que se encontra interrompido devido à intervenção, será reaberto em março (previsão inicial para janeiro) devido ao mau tempo. A abertura total da nova infraestrutura rodoviária deverá suceder, segundo as previsões, para finais de julho.

O autarca reconhece, pois, a existência de “ligeiro atraso” temporal entre V. N. Anha e a rotunda da Amorosa Velha, devido à pluviosidade registada em novembro e dezembro. Na reunião desta semana com responsável da empresa ficou prevista “a abertura em março”.
“Os outros dois troços estão também em trabalhos. Num deles houve um atraso inicial por causa de um levantamento arqueológico, sem pontos de amostragem e com necessidade de aprovação pela Direção Regional da Cultura do Norte, mas decorre a bom ritmo”, afiançou.

Já sobre uma eventual “desorçamentação”, explicou que em dezembro realizaram uma revisão do orçamento. Isto porque “tivemos a aprovação do nosso plano de atividades e orçamento em outubro, havia muitas intervenções que foram reprogramadas financeiramente, em termos contabilísticos, para o ano seguinte. Na ordem dos cinco milhões. Mas a verba que passou para 2020 do acesso ao porto de mar foi apenas 1, 5 milhões do que era um valor de cerca de seis milhões”, observou.

“Tenho pena que na Assembleia da República hajam eleitos que não sejam rigorosos e sérios nas suas intervenções. O que foi dito ontem é que teria sido feita uma revisão orçamental de cinco milhões para 2020 devido a atrasos que se deviam à Direção das Infraestruturas e nem sequer soube ler o nome…. era a Direção da Cultura do Norte. Há um atraso de 1, 5 milhões num valor global de cerca de sete milhões”, concluiu.

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