Autarcas fronteiriços pedem reabertura de mais pontos de passagem

Os 12 autarcas da raia minhota e a AECT RIO MINHO estiveram hoje, dia 03 de junho, na ponte internacional de Vila Nova de Cerveira e Tomiño para pedir a abertura de mais pontos de passagem na fronteira de Portugal e Espanha.

Os autarcas seguravam, em letras garrafais, a palavra SOS no meio da ponte, que liga os dois países e que está encerrada desde 16 de março. Em todo o Alto Minho, dos cinco pontos de passagem apenas o de Valença está a funcionar, obrigando muitos trabalhadores transfronteiriços a fazer dezenas de quilómetros diários para trabalhar.

Uxio Benites, presidente do ACT Rio Minho, segundo o jornal “Caminhense” considerou uma injustiça o facto de apenas uma fronteira estar a funcionar, lembrando as centenas de quilómetros que os trabalhadores são obrigados a fazer diariamente para acederem aos seus postos de trabalho.

Recorde-se que na última sexta-feira, os presidentes de Valença e de Tui tinham tambvém pedido a abertura da antiga ponte internacional sobre o rio Minho.

O ministro da Administração Interna admitiu, ontem, manter encerradas as fronteiras terrestres e aérea com Espanha, enquanto existir uma quarentena interna no país vizinho.

“Nós, neste momento, temos a fronteira terrestre encerrada até 15 de junho. Iremos analisando essa situação. Eu admito que, se as próprias autoridades espanholas já disseram que antes de 01 de julho não haverá liberdade de circulação, provavelmente temos de manter encerrada a fronteira terrestre todo este mês de junho”, afirmou Eduardo Cabrita.

Constituído em fevereiro de 2018 e com sede em Valença, o AECT Rio Minho abrange um total de 26 concelhos: os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo, que compõe a CIM do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra.

Também o Observatório Transfronteiriço Espanha-Portugal indica que, “dos 60 pontos existentes entre ambos os países, os de Valença-Tui, Cerveira-Tomiño e Monção-Salvaterra do Minho estão entre os seis com maior fluxo de tráfego transfronteiriço, somando, entre as três, mais do 50% do trânsito de veículos”.

Foto: Jornal Caminhense

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