A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou, na última reunião de câmara, a contração de um empréstimo de médio e longo prazo para financiamento de investimentos. Esta operação, no valor de 2,7 milhões de euros, foi aprovada por maioria, com a abstenção do PSD.
“Nós já estamos a planear o orçamento e plano de atividades para 2021 e neste sentido temos um conjunto de investimentos que estão, neste momento, a ser programados e para o qual temos de constituir o que se designa de pressupostos orçamentais”, esclarecia, aos jornalistas, o autarca vianense. José Maria Costa adiantava que o empréstimo não põe em “causa a disponibilidade financeira do município”. O valor servirá para “garantir a componente nacional de candidaturas apresentadas a fundos comunitários e já aprovadas, com taxas a fundo perdido de 85%”. O autarca socialista afirmava também que “nós temos uma capacidade de endividamento de cerca de oito milhões de euros”.
O valor será para investir nas beneficiações de estradas e caminhos municipais, na reabilitação do pavilhão Zé Natário, a construção de relvados sintéticos e equipamentos desportivos e ainda a requalificação da escola EB 2,3 Pintor José de Brito.
A vereadora do PSD garantia que “não estamos contra as obras”, contudo questionava a contração do empréstimo, uma vez que em fevereiro deste ano aprovaram também um outro empréstimo para “obras que ainda não iniciaram”.
“Preocupa-nos este facto, não os investimentos, porque os consideramos relevantes para a estratégia de desenvolvimento local. A nossa preocupação prende-se exclusivamente com o não comprometimento financeiro da autarquia, uma vez que nos parece que, neste momento, particularmente devido às contingências atuais de crise, é um risco enveredar por uma estratégia de investimento assente em empréstimos bancários”, referia-se na declaração de voto lida pela vereadora Paula Veiga.