Cancelamento “dá” perda superior a 10 milhões de euros

O cancelamento das principais romarias do Alto Minho vai representar uma perda de receitas na economia local na ordem dos 30 milhões de euros, segundo estimativas avançadas pelos presidentes de câmara de cinco concelhos.

Os autarcas de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Caminha, contactados pela Lusa, referiram não existirem estudos sobre o retorno financeiro das festividades, mas apontaram um cálculo de perdas tendo por base um valor médio gasto por visitante.

Realçaram que os montantes estimados podem pecar por defeito, uma vez que há toda uma economia em torno das romarias que para muitos negócios é importante para garantir a sua continuidade.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, estimou que o cancelamento, no formato habitual, da edição 2020 das Festas d’Agonia representará uma “perda direta de receita de 10 milhões de euros, sobretudo nos setores do comércio, restauração e hotelaria”.

Esta é a principal festa no concelho, entre as cerca de 70 que anualmente se festejam em Viana, e está marcada para decorrer entre 19 e 23 de agosto. Pela primeira vez em 248 anos, não contará com os números emblemáticos nas ruas, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

“Estamos a falar de uma quebra de receita de cerca de 10 milhões de euros. Se juntarmos o cancelamento de outros eventos que habitualmente decorrem em agosto, como por exemplo o festival de música eletrónica Neopop, no total, os prejuízos podem chegar aos 12 milhões de euros”, especificou.

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