Couto Viana lembrado no dia em que fazia cem anos

A 24 de janeiro, Viana do Castelo iniciou as comemorações do centenário da personalidade que “marcou a arte, a literatura, não só de Viana, mas também do mundo pela relevância que assumiu em alguns espaços, como Macau”. As palavras são do autarca vianense, após o descerramento da lápide na fachada da antiga casa de António Couto Viana, na Praça da República.

Luís Nobre destacava a importância de reconhecer “aqueles que marcaram o nosso passado e ajudaram a preparar o presente e, essencialmente, a projetar o futuro”.

A cerimónia, “muito singela”, foi presidida de um momento de declamação de poesia pelo ator Porfírio Barbosa, do CDV-Teatro do Noroeste. Seguiu-se uma conferência evocativa proferida por Artur Anselmo, presidente da Academia das Ciências de Lisboa e amigo do homenageado. O orador começou por falar do “ambiente familiar” de António Couto Viana. “Ao ler os textos sobre a família de Couto Viana fico a pensar nas pessoas com quem convivi em Lisboa”, afirmava. Destacou a tia Rosalina, que “sabia de cor os costumes e as coisas de Viana”.

Artur Anselmo disse ser um frequentador assíduo da casa da família, em Lisboa, e manifestava que “Couto Viana, sendo um lisboeta assumido, nunca esqueceu as suas origens. A casa em Lisboa era um museu vianense”.

O filho de Couto Viana afirmava que “esta homenagem é mais do que justa, porque foi um homem com uma obra importantíssima.” Juan Gonzalez Soutulho informava que “ultimamente não temos muita ligação a Viana”, mas não esquece “as tardes passadas na esplanada da Praça da República”.

No final da sessão evocativa, que decorreu na Sala Couto Viana, da Biblioteca Municipal, nove alunos das escolas vianenses leram igual número de poemas do homenageado.

Durante este ano, seguir-se-ão outras iniciativas de homenagem ao autor que publicou meia centena de livros de poesia e cerca de 80 títulos de outros géneros literários, com relevo para os livros de ensaios e memórias.

Durante a infância e juventude viveu ligado ao Teatro Sá de Miranda e, aos 15 anos, escreveu uma revista à portuguesa sobre a vida escolar e a vida citadina que levou à cena naquele espaço.  

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