Descarbonização da economia vianense deve acontecer em 2027

“Viana quer atingir a neutralidade carbónica em 2027”. Esta foi um dos objetivos apontados pelo autarca vianense, na conferência “Energias Renováveis Offshore”, que decorreu durante a manhã da última sexta-feira.

José Maria Costa dava conta ainda da intenção de criar uma “Comunidade de Energia Renovável na Zona Industrial do Neiva”. E enaltecia os recentes investimentos na área, nomeadamente o projeto Windfloat, para a captação da energia eólica ao largo da Praia Norte e ainda a instalação de uma empresa Corpower para o aproveitamento da energia das ondas. “O grande potencial de produção de energias renováveis oceânicas que o concelho de Viana do Castelo dispõe na sua costa atlântica tem naturalmente motivado o grande interesse de várias empresas nacionais e internacionais do setor da energia”, explicava o autarca.

José Maria Costa informava também a intenção em criar em Viana do Castelo um Centro de Inovação e Desenvolvimento de Energias Renováveis Oceânicas. A avaliação para a concretização desta instalação está a ser feita pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, pela Agência de Coesão e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

Presente na conferência, o responsável pela elaboração do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) manifestava que “as energias offshores podem abrir novas janelas para o futuro”. António Costa Silva não tinha dúvidas de que “o mar será um dos nossos salvadores do futuro”. Nesse sentido, elogiava o facto de a economia do mar representar, em Viana do Castelo, cinco por cento. Contudo, pedia a urgência de “alavancar [em Viana] um projeto para o futuro”. Acrescentando que “chegamos a uma altura chave para potenciar o cluster”.

No encerramento, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explicava que “esta área [energias offshore] é um campo de nova experimentação”. Manuel Heitor dava nota do recorde de Portugal, nos últimos quatro anos, do maior número de dias alimentado por energias renováveis. “A energia eólica offshore será para posicionar Portugal no futuro”.

Para o ministro o objetivo é “ter energia limpa, barata e localmente gerada”. “Queremos um projeto com impacto local, mas que tenha um âmbito internacional”, acentuava.

Adiantando que “é preciso trazer cada vez mais parceiros internacionais, não só ao nível de mercados potenciais, mas também ao nível de tecnologias. Estes projetos exigem cada vez mais uma articulação entre o sistema científico, mas também entre os atores locais, sobretudo não só em termos de financiamento, mas também dos interesses locais e da preservação da ecologia local e dos cidadãos”, concluiu.

Item adicionado ao carrinho.
0 itens - 0.00

Ainda não é assinante?

Ao tornar-se assinante está a fortalecer a imprensa regional, garantindo a sua
independência.