Desconfinamento inicia 2.ª fase

Os alunos do 11.º e 12.º anos (disciplinas de exame) ou 2.º e 3.º anos de outras ofertas formativas, voltam às aulas presenciais, entre as 10h e as 17h. Foi o que sucedeu, em Viana do Castelo, com as escolas secundárias de Monserrate e Santa Maria Maior.

Manuel Vitórino, diretor da Escola Secundária de Monserrate, deu conta que são, nesta unidade de ensino, cerca de 600 alunos – incluindo também os dos cursos profissionais, como soldadura – que têm circuitos diferentes de circulação, evitando cruzamentos.

Os do 11.º ano têm aulas a quatro disciplinas e os do 12.º a duas. As aulas são de manhã e de tarde, com os alunos nessa situação a terem a possibilidade de almoçarem no refeitório da escola.

Os portadores de doença crónica têm apoio online. Já o mesmo sucede àqueles cujos pais entenderam que, nesta fase, não deviam regressar, e a falta é justificada. No entanto, o número de discentes nesta situação é “meramente residual”. “Deu já para perceber que os jovens alunos estavam já com “fome da escola”, após dois meses em casa”, sublinha.

Na Escola Secundária de Monserrate, segundo nos informou Glória Viana, adjunta da Direção, são perto de 570 alunos (185 no 11.º, 229 no 12.º e 156 nos cursos profissionais) e menos de 10 é que não vão por doença ou opção dos pais. Também ainda não se iniciaram aulas nos cursos profissionais devido a questões relacionadas com os transportes.

Nesta escola, também foram planeados diferentes circuitos (6) e entradas (4). Os alunos só têm aulas de manhã ou de tarde aulas e estas decorrem em salas alternadas. Dito de outro modo, a sala em que de manhã decorram as aulas (os alunos de uma turma não mudam de sala), estará desocupada à tarde. Já nesta parte do dia, as aulas decorrerão nas salas da manhã se estiveram livres.

Situações idênticas verificam-se noutras escolas da região e do país.

As creches voltaram também a abrir portas aos mais pequenos, com novas regras e restrições. No entanto, durante 15 dias, o Estado mantém ainda o apoio financeiro aos pais que optem por não levar já as crianças ou que o vão fazendo progressivamente, apenas por algumas horas inicialmente. Uma medida que, segundo nos informaram, também, em Viana do Castelo, está a ser seguida pelos pais.

CAFÉS E RESTAURANTES

Cafés, restaurantes, museus, lojas são outros dos locais que reabriram portas na última segunda-feira, após semanas de confinamento. Os idosos em lares puderam, de novo, poder ver os familiares, embora com marcação.

Com efeito, na última segunda-feira houve um aumento exponencial dos serviços que voltaram a abrir. Com regras novas, restrições, limitação de lotação, é certo, mas que reabrem ao fim de quase dois meses.

Nos restaurantes, pastelarias, cafés, a lotação é de, pelo menos, metade, para permitir que seja cumprido o distanciamento social. Esta situação retira muito da rentabilidade económica aos espaços. A disposição das mesas e das cadeiras deve garantir uma distância de pelo menos dois metros entre as pessoas. O horário é reduzido: tudo tem de estar fechado às 23h. As esplanadas reabrem, a acompanhar a melhoria do estado do tempo.

A esperança de que seja possível nestas circunstâncias é o que move os profissionais do setor, com espaços limpos e higienizados, mas em que os clientes são, notoriamente e para já, muitos menos. Depois, mesmo com o calor típico de verão, o uso do ar condicionado em espaços fechados é desaconselhado. Conforme nos referiu o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, as orientações da DGS dão conta de que “o ar condicionado, além da temperatura baixa favorável ao SARS-COV-2, auxilia, pelo jato de ar, a propagar, muito rapidamente, o vírus, caso esteja no ambiente ou nos filtros do aparelho”, refere. Manuel Cunha acrescenta: “mesmo com a manutenção em dia pode ter um efeito propagador muito elevado”.

Com o bom tempo a regressar e o aumento de pessoas verificado na cidade, quem foi ao café preferiu a esplanada. Na Avenida dos Combatentes e Praia Norte era notório, mas também em outras zonas da cidade, como o Jardim Marginal e a Praça da República.
Todos com mais de 10 anos são obrigados a usar máscara.

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