Doentes “em risco” querem abertura de instalações prontas há três anos

“Temos consciência que cada vez que um dos 72 doentes que fazem diálise em Viana do Castelo, quando entram para a sessão de quatro horas, é como se estivessem a entrar no Túnel da Morte. A vida dos doentes, dos médicos, dos enfermeiros e auxiliares que ali servem está sempre em risco”.

Esta afirmação vinha numa carta subscrita por pacientes do serviço de hemodiálise situado no hospital de Viana do Castelo e dirigida, há cerca de dois meses, à NEFROSERVE (empresa que tem o serviço serviço de hemodiálise), administração da ULSAM e à Direcção Geral de Saúde.

Na mesma referia-se também que “determinados profissionais de saúde da diálise (que exercem funções igualmente no Hospital de Santa Luzia), podem ter contactos com doentes de Covid-19” e que “a distância entre as camas/cadeiras dos utentes da hemodiálise não cumpre o espaçamento necessário e imposto pelas autoridades sanitárias».

Tudo isto sucede quando os 72 doentes de hemodiálise poderiam usufruir das instalações novas, propriedade da NEFROSERVE, acabadas há perto de três anos, situadas na zona da Areosa/Carreço. Atualmente têm os tratamentos num espaço considerado exíguo na ULSAM e onde aquela entidade paga renda.

Ao Minho Digital, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), instituição com competência em licenciamentos nesta área, disse que “quanto à situação dos utentes em apreço”, estava a “analisar o caso, juntamente com as demais autoridades de saúde competentes”. Todavia, esta semana, esta entidade assegurou à SIC que só a 21 de abril é que “a empresa remeteu a totalidade da documentação obrigatória para o início do processo de licenciamento”.

Também os deputados do PSD entregaram, recentemente, um requerimento dirigido à ministra da Saúde. Nele observavam que “existem em Viana do Castelo instalações novas, totalmente equipadas para a hemodiálise, afastadas do Hospital de Santa Luzia, longe do foco central distrital de Covid-19, e cujo espaço atualmente ocupado neste complexo pela hemodialise é requerido pela ULSAM, para melhorar o atendimento da Consulta Externa”.

Por isso questionavam a razão de não ser “transferida esta unidade para as Instalações da Areosa, pronta a receber os pacientes”.

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