Eixo Atlântico tem, pela primeira vez, uma mulher como presidente

A autarca de Lugo, Galiza, Lara Méndez, foi eleita presidente do Eixo Atlântico, sucedendo no cargo ao presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, tornando-se na primeira mulher na liderança nos 30 anos daquele organismo.

Lara Méndez, alcaldesa de Lugo, foi eleita presidente do Eixo Atlântico na Assembleia-geral realizada em Santiago de Compostela no 30º aniversário da entidade.

A Assembleia-geral aprovou o programa para 2022 centrado em cinco eixos prioritários: Coesão social, sustentabilidade urbana, inovação, desenvolvimento económico e internacionalização. Os representantes dos 39 municípios e diputaciones que integram o Eixo Atlântico aprovaram também um orçamento de mais de quatro milhões e meio de euros.

A Assembleia, a primeira presencial após o início da pandemia, realizou-se em Santiago de Compostela como reconhecimento ao Caminho de Santiago e ao setor turístico, um dos mais castigados pela pandemia e que vai ter um papel importante na recuperação económica.

O alcalde de Santiago, Xosé S. Bugallo, mostrou-se “muito satisfeito pela nossa cidade acolher esta importante reunião, sobretudo sendo no contexto do Ano Santo que esperamos que seja o da recuperação económica e da saída da crise”. O autarca quis também “reivindicar o papel que tiveram os municípios durante este período crítico, uma vez que contribuíram de uma forma destacada para reativar os setores mais prejudicados pela crise económica, social e sanitária”.

Na Assembleia aprovou-se o relatório de Gestão política do até então presidente e Presidente da C.M. de Braga, Ricardo Rio, reconhecendo-se o trabalho extraordinário realizado nas condições, provavelmente, mais difíceis nos 30 anos de vida do Eixo Atlântico já que teve que gerir os dois anos de pandemia e a consequente paralisação de atividades.

A presidente do Ayuntamiento de Lugo, Lara Méndez, expressou a sua gratidão pela confiança nela depositada para presidir à nova etapa do Eixo Atlântico, “que será de particular importância porque nos concelhos enfrentamos enormes desafios decorrentes da crise sanitária, social e económica pós-pandémia, e temos agora uma oportunidade única, com os fundos europeus, de avançar para uma verdadeira transformação dos nossos territórios a fim de emergir mais fortes”. “As autoridades locais devem trabalhar em conjunto e colocar a sua influência no devido lugar, pois fomos nós que contivemos os efeitos mais perniciosos da pandemia, e somos os que têm a capacidade de conhecer as necessidades e de agilizar a implementação das respostas.

O secretário-geral, Xoan Vázquez Mao, destacou o facto de após uma crise económica, que afetou Portugal e Espanha de forma singular, e uma pandemia, “o Eixo Atlântico contínua na linha da frente com novos municípios, com mais cidades a solicitarem a sua adesão; com um programa e orçamento consolidados e mais ambiciosos, mesmo acima dos anos anteriores à pandemia, além de sua posição de liderança na Ásia e na América”.

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