Horto Municipal vai recolocar “caixas-ninho”

Esta semana, uma equipa do Horto Municipal vai recolocar as “caixas-ninho”, que há dias surgiram em algumas árvores da cidade, nomeadamente no Jardim Marginal e no Largo 9 de Abril, mais conhecido como BC9.

O vereador do Ambiente respondeu, à nossa jornalista, explicando que “as caixas-ninho são estruturas que podem desempenhar um papel importante em áreas urbanas onde, por motivos óbvios, o número de espaços suscetíveis para nidificação, são em número reduzido, podendo colocar em causa as populações de aves que são comuns na cidade”. Ricardo Carvalhido diz desconhecer o autor da iniciativa, mas sublinha que “nas próximas semanas, uma equipa do Horto Municipal irá remover as caixas-ninho e reinstalá-las, de forma a ajustar a altura, posição no espaço e forma de fixação alternativa aos pregos utilizados”.

“Deverá ser articulada [colocação das caixas-ninho] com o Horto Municipal e deverá ser levada para as salas de aula, enquanto projeto educativo, podendo ser um elemento central na exploração das questões do impacto e mitigação das atividades humanas no equilíbrio dos ecossistemas, mas também um elemento promotor da parentalidade e dos laços familiares, incentivando-se a construção destas estruturas em casa”, manifestava o vereador.

Na cidade de Viana do Castelo, e segundo o vereador, existem sete mil árvores, que já foram todas inventariadas. Ricardo Carvalhido, numa publicação na sua página de Facebook lamentava que os “tempos modernos” não permitam o crescimento das árvores de forma natural, levando à morte prematura das mesmas. Há dias tiveram de abater uma na Avenida Conde Carreira. “Numa consulta de rotina às Tílias da Avenida Conde da Carreira (transversal à Av. dos Combatentes, ao Estação Viana), o resistógrafo penetra os primeiros centímetros de madeira resistente e de seguida o gráfico cai a pique. Diagnóstico: árvore oca (terá sido atacada por fungos que a digeriram no interior). O que permitiu a entrada desses fungos? Quase de certeza uma poda mal feita. É muito triste mas já são poucas as árvores que temos em porte livre. Repete-se em todas as cidades. E sobre as poucas que temos, quase sempre impendem pressões para que intervenhamos com podas de redução de copa. Podas essas que quase sempre as condenam a uma vida muito mais curta e que se tornem, a dada altura, um perigo para os Homo sapiens sapiens“.

Para a monitorização das árvores na cidade foi desenvolvida uma aplicação móvel. Em 2021 vai ser disponibilizada às escolas para envolver os alunos na inventariação dos exemplares de todo o concelho.

 

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