No próximo dia 26 decorrem as eleições autárquicas e Viana do Castelo irá eleger um novo presidente de Câmara. São oito as candidaturas. A AURORA DO LIMA quis saber qual a perspetiva de cada uma sobre o concelho. As perguntas foram idênticas para todos: 1. Que avaliação faz do desempenho do atual executivo camarário? 2. O que mais o preocupa na atual situação do concelho, no que diz respeito ao desenvolvimento? 3. Nos últimos dados dos CENSOS verificámos que o concelho perdeu população. Qual a vossa medida para inverter esta situação? 4. Quais as principais prioridades da candidatura? 5. Se nenhuma candidatura obtiver a maioria dos mandatos no executivo, admite apoios/coligações? Com quem?
1. Mais do que o mandato que agora termina, o que importa avaliar é o ciclo político. Nesse sentido, a governação poderá ser caracterizada “à vista”, sem nenhum rasgo estratégico digno desse nome.
Da falta de estratégia resulta um profundo e progressivo adormecimento da comunidade, uma vez que os problemas mais prementes vão sendo, de alguma maneira, resolvidos, o que também tem impedido o sobressalto cívico necessário para o salto qualitativo que esta região merece.
O mandato fica, no entanto, marcado pela entrega da gestão das águas e a perda do controlo sobre um bem que, no nosso entender, é inalienável.
2. A principal preocupação é a do modelo de desenvolvimento económico (emprego precário e de baixos salários) que não permite fixar os jovens que cá nascem nem os que cá estudam por falta de oportunidades compatíveis com as suas qualificações.
Outro assunto que nos preocupa é a irrelevância do setor do turismo que precisa de um novo impulso aproveitando melhor os recursos que dispomos, obtendo assim um retorno acrescido do fluxo existente e conquistar outros mercados.
3. Por um lado, dar condições para que os jovens se fixem e atrair gente de outras paragens oferecendo melhores condições de vida para as famílias (creches,habitação acessivel, transportes, cultura) e, simultaneamente, criar condições para o desenvolvimento de empresas de base local ou outras que estabeleçam fortes laços com a comunidade e que apostem em mão de obra qualificada.
4.Remunicipalização das Águas;
Estratégia para rehabitar o Centro Histórico apostando na mobilidade suave;
Agregação dos sistemas de transporte no âmbito da CIM com mais horários e passes intermodais a preços tabelados. Complementar o sistema, com um serviço público municipal a pedido para horários de menor procura;
Afirmar Viana na programação cultural e criar condições aos agentes locais para desenvolverem e divulgarem os seus projectos com a instalação de uma Casa das Artes;
Recuperar o património, nomeadamente, a rede de Castros e sítios arqueológicos, os Fortes costeiros ou os núcleos de moinhos, articulando-os com uma rede de ecovias e centros de interpretação que permitam desenvolver o turismo activo e de natureza
Aumentar a transparência da gestão, incrementando a participação e escrutínio dos cidadãos em todos os processos da administração.
5. Nesta eleição não votamos apenas para um presidente mas para nove vereadores e é o povo que determina toda a composição do elenco municipal.
Cabe aos eleitos compreender a vontade popular e encontrar as maiorias necessárias em cada momento, não obstante poder-se, desde logo, encontrar uma maioria duradoura.
O Bloco estará disponível para diálogos duradouros à esquerda e, na gestão diária, para os diálogos necessários para as propostas que defendemos.