Município lançou fac-símile da 1ª edição de livro de 1619

O Município de Viana do Castelo lançou, esta terça-feira, um fac-símile para celebrar os 400 anos da 1ª edição da obra “VIDA DE DOM FREI BERTOLAMEV DOS MARTYRES”, datada de 1619, da autoria de Frei Luís de Sousa (Manuel de Sousa Coutinho).

A apresentação desta reprodução semelhante ao original, com 500 exemplares, a cargo de Artur Anselmo, da Academia das Ciências, decorreu na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal, bem composta de público. Registou-se, ainda, a intervenção do presidente da Câmara, José Maria Costa; do vigário geral da Diocese, monsenhor Sebastião Ferreira; e do Bispo, Anacleto Oliveira.

Para o edil vianense, a reedição desta publicação contribui para que a doutrina e a mensagem de Bartolomeu dos Mártires não se perca no tempo. José M. Costa deu conta, ainda, de que o Município está empenhado na sua canonização, tendo já transmitido à Santa Sé “a estima e a devoção que os vianenses nutrem por esta figura”.

Já Artur Anselmo começou por manifestar o seu apreço pelas iniciativas culturais levadas a cabo pela autarquia, expressando, de seguida, o seu regozijo pelo espírito de colaboração existente entre a Câmara Municipal e a Igreja. Debruçando-se, sobretudo, sobre a figura de Frei Luís de Sousa, referiu que foi precisamente a 07 de maio, há 400 anos, que a obra, impressa em Viana do Minho, foi lançada.

Monsenhor Sebastião Ferreira, fixando-se no dia do nascimento de Frei Bartolomeu (03 de maio), explicou que, tradicionalmente, na Igreja, este era o dia da Invenção da Santa Cruz (“invenção” no sentido de “encontro”). E acrescentou: “Bartolomeu dos Mártires foi um homem que nasceu e viveu sob a égide da Cruz”.

A terminar a sessão, D. Anacleto Oliveira agradeceu à Câmara Municipal de Viana do Castelo a publicação do fac-símile. Referiu ainda que foi através deste “livro memorável” que, já como Bispo de Viana do Castelo, conheceu melhor a figura de Bartolomeu dos Mártires, pela qual se “fascinou”.

Bartolomeu dos Mártires viveu no século XVI e distinguiu-se pela sua relevante intervenção no Concílio de Trento, tendo ficado conhecido pelo seu cariz reivindicativo e simples. A 23 de fevereiro de 1582 renunciou ao arcebispado e recolheu-se ao convento dominicano da Santa Cruz, também conhecido por igreja D. Domingos, em Viana do Castelo. Morreu nesse convento a 16 de julho de 1590, reconhecido e aclamado pelo povo como o “Arcebispo Santo”, pai dos pobres e dos enfermos.

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