Nível de risco aumenta no Alto Minho

A forte subida de contágios do novo coronavírus após o Natal levou o número de concelhos em risco extremo a disparar.

Segundo os dados revelados esta segunda-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS), o número de municípios com mais de 960 casos por 100 mil habitantes em 14 dias ascende a 155, ou seja, mais de metade dos 308 concelhos de Portugal.

Estes dados servem apenas de indicação para a evolução da pandemia, uma vez que as medidas que vigoram no atual estado de emergência, nomeadamente o confinamento, aplicam-se em todo o território de Portugal continental, independentemente do escalão de risco dos concelhos.

No Alto Minho, a nova atualização do Mapa de Risco alterou a configuração do nível de risco nos 10 concelhos.

O Alto Minho já não tem nenhum concelho em risco moderado (o mais baixo de todos), nem no nível seguinte (risco elevado).

Viana do Castelo foi o único concelho que manteve o mesmo nível de risco da atualização anterior (risco muito elevado), ou seja, entre 480 e 960 novas infeções por 100 mil habitantes.

Monção, Paredes de Coura, Ponte de Lima e Valença, subiram um nível de risco face ao mapa anterior e estão agora em risco muito elevado.

Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Ponte da Barca e Vila Nova de Cerveira são os concelhos do Alto Minho no patamar mais elevado de risco (extremamente elevado), com mais de 960 novas infeções por 100 mil habitantes.

Com a duração, pelo menos, de um mês, o país vive, desde a última sexta-feira, dia 15, um novo confinamento. Os casos galoparam e, neste momento, há já cerca de 10 vezes mais do que na primeira vaga. Mais uma vez, restaurantes, bares e cafés mantêm-se apenas com take away e entregas ao domicílio. Os estabelecimentos comerciais, tais como cabeleireiros ou barbeiros, voltaram a fechar, bem como as salas de espetáculo.

Há exceções para os supermercados e mercearias, que se mantêm abertos com a lotação máxima de cinco pessoas por 100 metros quadrados. Todavia, ao fim de semana, têm de fechar até às 17h.

Continuam a funcionar consultórios médicos e farmácias. As cerimónias religiosas são permitidas de acordo com as regras da DGS.

Os tribunais permanecem abertos e, mediante marcação, também os serviços públicos vão continuar a funcionar. Também a atividade desportiva profissional continua, embora com jogos sem público.

Todavia, verificando que as regras impostas para o novo confinamento não estavam a dar o resultado desejado, o governo decidiu, esta semana, restringir ainda mais as possibilidades de interação social para o presente estado de emergência. Assim, determinou a proibição de circulação entre concelhos ao fim de semana. A permanência em espaços públicos de lazer, como jardins, é proibida. Pediu ainda às câmaras municipais o encerramento de parques infantis e desportivos.

As universidades sénior e centros de dia e convívio também fecham. Só as escolas vão permanecer abertas, com ensino presencial. Algo que muita da classe médica vê com preocupação e o Presidente Marcelo já avançou que o encerramento das escolas será alvo de “nova reflexão” com os especialistas “dentro de uma semana”.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, mesmo, que a pandemia está no nível mais perigoso de sempre.

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