Paula Veiga, Nós, Cidadãos!, apresenta as propostas para o concelho

No próximo dia 26 decorrem as eleições autárquicas e Viana do Castelo irá eleger um novo presidente de Câmara. São oito as candidaturas. A AURORA DO LIMA quis saber qual a perspetiva de cada uma sobre o concelho. As perguntas foram idênticas para todos: 1. Que avaliação faz do desempenho do atual executivo camarário? 2. O que mais o preocupa na atual situação do concelho, no que diz respeito ao desenvolvimento? 3. Nos últimos dados dos CENSOS verificámos que o concelho perdeu população. Qual a vossa medida para inverter esta situação? 4. Quais as principais prioridades da candidatura? 5. Se nenhuma candidatura obtiver a maioria dos mandatos no executivo, admite apoios/coligações? Com quem?

1. O atual executivo camarário está caduco nas suas práticas autárquicas e viciado pela longevidade na governação. A sua gestão está desarticulada com a realidade local e as suas políticas não promovem um desenvolvimento setorial articulado, transversal e sustentável do concelho. Falta o diálogo com os interlocutores locais, sobretudo os munícipes, porque a gestão está centralizada e dominada por interesses externos aos locais.

2. Preocupa-me a falta de estratégia em setores básicos, como sejam o desenvolvimento económico, que deve basear-se no impulsionamento de clusters com origem nas potencialidades locais, que criem emprego de qualidade, condições de vida de excelência para os seus munícipes e que garantam condições de fixação no nosso concelho. Registam-se muitos défices em áreas fundamentais para o concelho e para os munícipes- habitação, emprego de qualidade, saúde, mobilidade, infraestruturação básica, cultura e setores económicos chave, pelo que tem que haver uma forte aposta nestes setores para criar atratividade e promover o desenvolvimento concelhio.

3. A inversão desta situação passa por criar condições de atração para a fixação de pessoas no concelho. Para isso será fundamental potenciar a atividade económica em cada freguesia, com base nas suas caraterísticas próprias, com a promoção da coesão territorial, criando as melhores condições em todos os setores e, por conseguinte, nas condições de vida de todos, em que a aposta em mais e melhor habitação é fundamental. Passa, também, por uma forte aposta na educação, com respostas educativas e formativas, bem como de um centro de excelência local, de modo a criar emprego mais qualificado, de melhor qualidade e melhor remunerado, o que vai permitir a fixação dos jovens, para que estes fixem a sua base de vida e familiar no concelho

4. A A maior prioridade é implicar as pessoas nas decisões governativas estruturantes, com a promoção da cultura de participação cidadã, de uma democracia participativa. Queremos governar com e para as pessoas. Depois é promover o desenvolvimento concelhio, nos mais variados setores, potenciando o desenvolvimento das freguesias, com a transferência efetiva de competências, e com uma forte aposta nos clusters económicos locais, nomeadamente na economia do mar e outros tipos de economia com base territorial. Temos grande tradição na ourivesaria, na louça regional, nos trajes, nos bordados, no artesanato ligado a usos e costumes, no chocolate, em atividades económicas típicas, que foram desaparecendo por falta de incentivo. Tudo isso é valor económico que nunca foi devidamente potenciado e nunca teve grandes apoios. Criar medidas empreendedoras para criar mais e melhor emprego e, por outro lado, promover o desagravamento fiscal de famílias e empresas. Acreditamos que essa é a base do desenvolvimento concelhio, não esquecendo o desenvolvimento sustentável de setores que garantem qualidade de vida às pessoas, para isso criando um Plano de Desenvolvimento em cada setor-chave – no urbanismo, com gestão eficaz do PDM e dos Planos Municipais e intervenções urbanísticas estruturantes, na habitação, na saúde, na educação, na cultura e desporto, na coesão social e apoios sociais, nas infraestruturações básicas, nos vários tipos de turismo e no ambiente/alterações climáticas (Regulamento Municipal para a Preservação do Ambiente e das Alterações Climáticas).

5. Somos uma plataforma de movimentos que se tornou partido para participar na organização política local e nacional.
Não nos identificamos nem com a direita, nem com a esquerda, nem com o liberalismo, mas apenas com a missão de governar pela cidadania. Mas todos queremos soluções governativas locais eficazes, melhores que as atuais, pelo que é possível ponderar uma coligação.

Item adicionado ao carrinho.
0 itens - 0.00

Ainda não é assinante?

Ao tornar-se assinante está a fortalecer a imprensa regional, garantindo a sua
independência.