Rafael Rocha treina guarda-redes na Arábia Saudita

Rafael Rocha trocou, há cerca de dois anos, Vila Franca pela cidade de Harmah, na Arábia Saudita para continuar a cumprir o sonho de ser treinador de guarda-redes. 

Depois de ter jogado futebol, a ligação ao desporto-rei manteve-se após o convite do treinador José Pequeno. “Depois de ter deixado o futebol, por volta dos 28 anos, fui convidado pelo meu amigo de infância, José Pequeno, a deixar o sofá e a trabalhar com ele, como treinador de guarda-redes”, revela. Acrescentando que “tenho de agradecer ao José Pequeno, o treinador com quem trabalhei mais tempo, cerca de sete anos, ao Sr. Sousa, Sr. Lito e José Carvalho Araújo, no SC Braga. Ao Carlos Cunha, no Limianos, ao falecido Gomes Ribeiro, Bruno Ferraz, César Fernandes, Paulo Fernandes, Gil Fernandes, Leandro Pires e Rogério Gonçalves, na AF Viana do Castelo, ao Fábio Castro, José Barreto e Daniel Ramos, no Al-Faisaly”. Rafael Rocha quer ainda agradecer àquele que considera como “mestre”,  José Vital, que atualmente está no Sporting Clube de Portugal.

Com 50 anos, Rafael Rocha está desde agosto de 2020 na Arábia Saudita a treinar os guarda-redes da equipa de sub19 do  Al-Faisaly FC. O convite para ir para aquele país surgiu “através de um amigo. Tínhamos trabalhado juntos no SC Braga e cruzávamo-nos várias vezes em jogos das seleções distritais, eu na de Viana ele na de Braga”. Depois de ter conversado com a família, Rafael Rocha pegou nas malas e deslocou-se para aquele país, onde já se sente integrado.

“O povo português é um povo emigrante e como tal adapta-se bem às mudanças.”, salienta o treinador. Acrescentando que a adaptação foi facilitada porque havia seis portugueses no mesmo projeto. Contudo, fala da dificuldade do clima. “Custa adaptar a uma temperatura muito mais alta que a nossa, à falta de humidade no ar, a uma linguagem totalmente diferente, a respeitar horários religiosos, a uma alimentação diferente, a perceber que o ser humano ainda não é considerado igual em todo o planeta…Depois de nos habituarmos a todas estas diferenças… já sou um “bocadinho” árabe”, assegura.

Com vontade de continuar a ser treinador de guarda-redes, Rafael Rocha não sabe se o regresso a Portugal será para breve. “Ambiciono trabalhar num clube português, em nenhum em específico, mas desde que seja um projeto ambicioso e me permita continuar a ser treinador de guarda-redes”.

O Vianense foi o clube onde fez a formação enquanto atleta, por isso Rafael Rocha não esquece a ligação ao clube local, onde também já teve uma experiência como treinador. Em Portugal, já passou por clubes como o Ancorense, o Courense, o Cerveira, o Limianos, o Ponte da Barca e o SC de Braga.  

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