O templo de Santa Luzia vai ser hoje elevado a Santuário Diocesano. A proposta partiu da Diocese de Viana do Castelo e a cerimónia vai decorrer na manhã desta sexta-feira.
Projetado pelo arquiteto Ventura Terra, o templo de Santa Luzia, cuja construção decorreu entre 1904 e 1959, é hoje um ex-libris da capital do Alto Minho.
As obras de construção do templo iniciaram-se em 1904 e foram interrompidas em 1910 com a Implantação da República e a consequente Lei da Separação do Estado da Igreja.
A construção foi retomada em 1926, sendo que os trabalhos exteriores prolongaram-se até 1943 e os interiores até 1959, tendo sido benzido em junho desse ano. A confraria de Santa Luzia, zela pelo templo-monumento desde 19 de março de 1884.
Entre 2014 e 2018, aquela confraria realizou um investimento global de dois milhões de euros no arranjo urbanístico e paisagístico daquela área.
Do zimbório existente no topo do templo, o ponto mais alto de Viana do Castelo, os visitantes avistam uma paisagem de vários quilómetros. De acordo com dados da confraria, entre 80 mil a 90 mil pessoas acedem (entrada paga) anualmente ao zimbório.
No dia 21, domingo, dia da anual peregrinação, mas que este ano foi cancelada por causa da pandemia da Covid-19, vai decorrer uma missa campal, no Parque das Tílias, às 11h.
Recorde-se que a peregrinação realiza-se desde 1921 e teve a sua origem num voto formulado pela população da cidade rogando proteção à epidemia pneumónica que, na altura, provocava muitos mortos na região.
A peregrinação que reúne crentes de todas as freguesias do concelho e de outros pontos do país, faz-se por um percurso sinuoso de acentuado declive, que leva cerca de duas horas a percorrer a pé. Há quem decida cumprir a promessa subindo os 742 degraus do escadório que liga a cidade ao monte.