Templo do Sagrado Coração de Jesus já é Santuário

O templo-monumento do Sagrado Coração de Jesus, no monte de Santa Luzia, foi considerado santuário diocesano. A ereção foi anunciada no final da missa do Dia Mundial de oração pela Santificação dos Sacerdotes, no dia 19 de junho.

“Determinamos que o Templo-Monumento do Sagrado Coração de Jesus, situado no Monte de Santa Luzia, em Viana do Castelo, seja denominado, nos termos do cânone 1230, do Código de Direito Canónico, santuário diocesano”, refere o decreto assinado por D. Anacleto Oliveira.

Na proposta diz-se que o templo é “é apelativo” pelo seu posicionamento estratégico e pela sua beleza arquitetónica é apelativo e recebe “cerca de um milhão de pessoas/ano, de todas as partes do mundo”, “seja pela paisagem que dali se vislumbra e se disfruta, seja pelo usufruto de um ambiente de recolhimento, de silêncio e de oração”.

O bispo propôs que os Estatutos da Confraria fossem também “atualizados” para integrarem “as normas constantes nos cânones 1231-1234”, respeitantes aos santuários.

O Comissário da Confraria de Santa Luzia falava de um “gesto de justiça para todos aqueles que ergueram as primeiras pedras”. O padre Armando Dias expressava a coincidência feliz de elevação a santuário no ano em que D. Anacleto completa 50 anos de sacerdócio.

Seguir-se-á o processo de elevação a basílica menor. “Vai iniciar-se o processo de elevação a basílica menor juntamente com a igreja de São Domingos. Para esse processo é necessário o acordo do episcopado português. Nós sujeitamos à votação dos bispos e todos, por unanimidade, aceitaram”, referia o bispo da Diocese. D. Anacleto explica que se segue a “justificação” em Roma para a designação daqueles dois espaços como basílica.

MISSA AO AR LIVRE
Centenas de fiéis assistiram domingo a uma missa celebrada ao ar livre, em Santa Luzia, pelo bispo da Diocese de Viana do Castelo, no final da peregrinação que liga a cidade ao santuário, no alto do monte.

“A celebração contou com a presença de diversos fiéis, muitos dos quais se dirigiram a pé até ao Santuário, observando todas as regras de segurança. Estiveram também presentes vários sacerdotes e o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa“, refere a diocese em nota.

O segundo comandante da PSP de Viana do Castelo, adiantou que “a peregrinação correu bem, com a presença de muita gente, mas com respeito pelas normas de segurança. A PSP esteve no local e não houve necessidade de qualquer intervenção”.

No entanto, Raul Curva adiantou que a PSP “teve de condicionar o trânsito de viaturas no acesso a Santa Luzia para que as pessoas tivessem espaço para manter a distância”.

Durante a missa, acrescenta da diocese, o Bispo da Diocese “exortou ao cumprimento das orientações das autoridades de saúde”, e “lamentou que alguns episódios conhecidos nos últimos dias façam com que Portugal não seja hoje tão bom exemplo como há umas semanas”, lembrando “as palavras do Papa Francisco: prudência e segurança”.

Apesar da peregrinação não se ter realizado nos moldes habituais, o bispo presidiu à Eucaristia, tendo observado a mesma “nasceu de um voto feito em plena epidemia, a febre pneumónica, que dizimou tanta gente”.

“Nunca imaginei que passados cem anos pudéssemos estar impedidos de a realizar precisamente pela mesma razão que esteve na sua origem. O que significará isto?”, questionou, apontando a resposta: “Que temos de viver esta peregrinação com o mesmo espírito com que ela nasceu: com uma prece sentida ao Senhor para que nos livre desta pandemia que nos impede de retomar a normalidade”.

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