Os testes antigénio já foram disponibilizados às Administrações Regionais de Saúde. Os chamados testes rápidos ao coronavírus dão o resultado em 15 minutos e poderão ser usados em caso de surtos e em massa.
Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, a instituição que trouxe estes testes para Portugal, explica que, se o resultado for negativo, mas a pessoa continuar com sintomas, haverá uma repetição do teste para que fiquem esclarecidas as dúvidas.
A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou na última quinta-feira que a utilização dos testes rápidos de antigénio para diagnóstico do novo coronavírus arrancam esta semana junto das Administrações Regionais de Saúde (ARS).
“Hoje [quinta-feira] e durante o dia de amanhã [sexta-feira] testes de antigénio estarão já a ser distribuídos às nossas Administrações Regionais de Saúde e na segunda-feira que vem haverá condições para começar a sua utilização nos casos com indicação para tal”, explicou a governante.
“Precisávamos de garantir que alguns aspetos relacionados com o registo destes casos como casos positivos – sendo que a definição internacional de caso ainda está associada à realização de um teste PCR [a metodologia de referência] – eram respeitados”, acrescentou.
Marta Temido sublinhou ainda o envolvimento da Comissão Europeia nesta matéria, que, pela voz da presidente, Ursula von der Leyen, anunciou há cerca de duas semanas a mobilização de 100 milhões de euros para comprar entre 15 a 22 milhões de testes rápidos para os estados-membros, face ao agravamento da pandemia de covid-19 por todo o continente europeu.
“Há uma aquisição da Comissão Europeia para testes de antigénio. É uma metodologia que envolve vários tipos de testes e aqueles que têm fiabilidade e especificidade adequadas serão aqueles que optaremos por utilizar. Certamente que isso nos permitirá aprofundar este caminho de testar, rastrear e isolar o mais precocemente possível”, frisou.
Foto: RTP