Um espetáculo com mais de 400 figurantes

Tudo foi grandioso. Desde o público, que encheu o Centro Cultural, passando pela conceção do espetáculo e acabando no desempenho, quase sempre com nota alta, de mais de quarto centenas de figurantes, não só do nosso Alto Minho, mas também de São Tomé, Guiné-Bissau, Brasil, itália, Irlanda e Nepal.

Na noite deste sábado passado, dia 12, tudo convergiu para a feira, para construir uma bem típica feira do Alto Minho, daquelas feiras que alegravam de forma especial o povo das aldeias, mas às quais também aderiam os citadinos, para, marralhando, fazer as suas compras semanais, especialmente de produtos dos campos. A sociedade sentia-se bem na feira, não só para adquirir um pouco do muito que lá se comercializava, mas também para tratar de negócios de boa monta, de conversar para fazer circular as últimas novidades e falar da vida alheia, e até para namorar.

E quem melhor que os minhotos para deste tema fazer um grande espetáculo, com a adesão de gente que vindo de fora sabe aderir ao espírito de um dos mais apetecidos eventos do povo? De tudo houve nesta festa teatralizada. A representação, ora sentida, ora divertida, a poesia, a música diversificada, a dança, a arte (o quadro da feira pintado num ápice pelo Rego Meira e o Albino Castro), acabando na gastronomia. Foram 14 grupos ligados ao folclore, uma banda de música, grupos e associações estrangeiros, especialmente da lusofonia, músicos e outros artistas com participação individual, gente que constituiu uma imensa comunidade para proporcionar algo sentido e grandioso para um imenso público que nunca lhes regateou vibrantes aplausos.

Saliente-se o empenho da Associação de Grupos Folclóricos do Alto Minho, especialmente do Grupo Folclórico de Alvarães, responsável pela coordenação do evento; do Pelouro da Coesão Social da Câmara Municipal de Viana do Castelo, no âmbito do Plano Municipal para a integração de Migrantes, onde pontifica Margarida Silva, de relação de excelência com os grupos migrantes; de José Escaleira pela responsabilidade direta na conceção e acompanhamento do espetáculo, que contou com a colaboração de José Filgueiras e Tomás Gonçalves.

De referir ainda que, para além do Grupo de Dança de Cacheu, da Guiné Bissau, de visita ao nosso país, os outros participantes estrangeiros que integraram este espetáculo são imigrantes que residem, estudam ou trabalham em Viana do Castelo e que desta forma se integraram na vida cultural do concelho.

Fotos: José Maria Barroso
PJ

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