Viana com primeiro paquete construído em Portugal

“O meu profundo agradecimento e reconhecimento pela excelência do trabalho que vem desenvolvendo em prol da economia nacional. Sem a WestSea isto não seria possível”, referiu António Costa, ao início da noite do último sábado, na cerimónia de batismo do “MS World Explorer”, o primeiro navio oceânico “integralmente concebido e fabricado” em Portugal e preparado para navegar em águas polares com até um metro de espessura de gelo.

A cerimónia juntou cerca de quatro centenas de pessoas do mundo político e empresarial. Entre eles, o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, o presidente do PSD, Rui Rio, e os presidentes da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, e Porto, Rui Moreira, além, claro, do primeiro-ministro, António Costa. Este não se escusou, na oportunidade, a elogiar a empresa que, em 2014, assumiu a subconcessão dos terrenos anteriormente ocupados pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Na oportunidade, o chefe do Governo considerou os estaleiros da WestSea como “uma referência da capacidade de renovação da indústria naval do país”, apontando como exemplo o primeiro navio oceânico “integralmente concebido e fabricado” em Portugal.
O primeiro-ministro deu conta, ainda, que “se tudo correr bem” o Governo encomendará “mais seis novos Navio Patrulha Oceânico (NPO) e outros previstos na Lei de Programação Militar”. Lembrou, na ocasião, que quatro NPO já foram construídos, em Viana do Castelo, para a Marinha portuguesa , dois dos quais já com a WestSea.
O “MS World Explorer” representa um investimento de 70 milhões de euros do grupo Mystic Invest, do empresário Mário Ferreira. Costa elogiou este, como “um exemplo extraordinário da qualidade dos empresários do setor do turismo”, pela capacidade de “diversificar a oferta e quebrar a sazonalidade”. Além disso, “tem contribuído muito significativamente para a internacionalização da indústria do turismo”.

O paquete teve como madrinha Carla Bruni, cantora, ex-modelo e mulher do ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, a quem foi oferecido um colar de filigrana com o coração de Viana e que cantou, num dueto, com Pedro Abrunhosa. A embarcação, sublinhou Mário Ferreira, tem “126 metros de comprimento, 19 metros de largura e 4,7 metros de calado, oito pisos, sendo que seis são para os passageiros”.

A construção envolveu “3500 trabalhadores das mais diversas especialidades, de 32 nacionalidades, sendo que na construção do casco foram despendidas 800 mil horas de trabalho”.

“Foi preciso unir 75250 peças, como num puzzle, foram necessárias 2860 toneladas de aço, usados mais de 500 quilómetros de fios”, observou, sendo que “os primeiros cinco anos do navio estão já vendidos”. Tem capacidade para 200 passageiros e 110 tripulantes. Zarpará de Viana do Castelo em maio.

Lembremos que, conforme já foi noticiado, em novembro último, a empresa de Mário Ferreira encomendou dois novos navios da mesma série que deverão começar a operar em 2020 e 2021.

Foto: Joca Fotógrafos

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