Em 06 de novembro de 1871 (2.ª pág.)

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Julgamento
No sabbado entrou em julgamento n’esta commarca o réo António Pires Longarito, accusado do crime de offensas corporaes na pessoa de um empregado da administração do concelho, na occasião em que o prendera, e na do carcereiro das cadeias d’ esta cidade, a quem ferira na cabeça com um pau.
O jury deu o crime como provado quanto á primeira parte da accusação, e não provado quanto á segunda, sendo por isso o réo condemnado em 6 mezes de prisão correccional.
Foi juiz o sr. dr. Peixoto; representava o ministério publico o sr. dr. Taborda; e defendeu o réo o sr. dr. Faria, nomeado ex-officio.
O jury era composto dos jurados – André Joaquim Pereira, João Gaspar Ramos, António Pinto de Araújo Corrêa Barbosa, Felix da Silva, José António de Barros, Francisco de Passos de Oliveira Valença, José Gonçalves Esteves, João Branco Junior, António de Passos Martins, e Manuel dos Santos Ennes, supplente.
A audiencia terminou depois das 11 da noite, conservando-se até áquella hora o tribunal sempre cheio de espectadores.

Um bom portuguez
Uma carta de Santos, imperio do Brazil, que recebemos pelo ultimo paquete, relata-nos um facto que póde servir de prevenção aos mancebos dos nossos campos, que sonham em procurar fortuna nas terras do Brazil.
Um tal sr. Vicente de Carvalho, da freguezia de Faldijães, concelho de Ponte de Lima, contractou ultimamente por engajamento uns 10 homens e 2 mulheres para irem trabalhar no interior da provincia de Santos por tempo de dezoito mezes. Entre esses desgraçados foi António de Carvalho, antigo impressor d’ este jornal, e uma sua filha.

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