Em 18 de novembro de 1870 (3ª pág.)

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Julgamento
Os nossos leitores estão por certo lembrados de ter sido preso há um anno n`esta cidade um tal Francisco Augusto Alves do Rio, da freguezia de Soutello, d`este concelho, por ter sido encontrado a vender alguns objectos de prata destinados ao culto religioso, grande numero dos quaes foi ainda encontrado em seu poder.

O que ao principio não passava de suspeitas, tornou-se pouco depois quasi em realidade, porque os jornaes annunciaram o roubo feito na capella de Santo Antonio de Pragança, do concelho de Cadaval, constante dos objectos, ou grande parte d`elles, que foram encontrados em poder d`aquelle Alves do Rio.

Com o competente auto e com os objectos roubados foi, pois, o criminoso remettido para aquelle concelho, mas evadiu-se das cadeias da Mealhada, onde pernoitára.

Preso novamente, lá seguiu o seu caminho e entrou finalmente em julgamento.
O jury deu como provado o crime de receptador de roubo, em vista do que foi condemnado em 3 annos de degredo para a Africa Occidental.

Alves do Rio era estocador, e trabalhava na capella d`onde roubou aquelles vasos sagrados e outros objectos de valor.

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