A biografia dos ídolos

Alcino Pereira
Alcino Pereira

Se há género de cinema que é claramente apreciado pelos média são os filmes biográficos que realçam o percurso providencial de celebridades, que se evidenciaram em termos artísticos, desportivos, políticos e noutros cenários. Por razões várias, essas pessoas foram, e ainda são, idolatradas pelos seus admiradores que, com deleite e orgulho, enaltecem os seus feitos e êxitos, entronizando-os como ícones e figuras de culto. Assim sendo, o cinema assume-se como o meio mais adequado para propagar toda a sua vida, apresentando, neste âmbito, três filmes memoráveis que certamente permanecerão, para sempre, nos anais da história.    

O primeiro filme que destaco, intitula-se de “Pelé o Nascimento de uma Lenda”, que conta o trajeto do famoso Pelé, jogador de futebol brasileiro, considerado por imensa gente o seu melhor praticante. O introito do filme aborda como o mágico da bola dá os seus primeiros passos como futebolista, jogando as suas peladinhas num bairro pobre, completamente descalço, demonstrando efusivamente o seu talento para o futebol, suplantando com as suas fintas estonteantes os adversários, além do faro inegável para o golo. O filme também mostra que a habilidade de Pelé não podia deixar ninguém indiferente, acabando por ser recrutado muito jovem para as fileiras da equipa de São Paulo, ascendendo, de modo meteórico, para o onze titular. A qualidade do seu futebol é de tal ordem arrasador que, aos 17 anos, já faz parte dos eleitos, para participar no mundial da Suécia, em 1958, numa competição que vai propalar o seu nome até à eternidade, para gáudio dos seus compatriotas e dos indefetíveis adeptos.     

Outro filme pertinente, é o que biografa o carismático Nelson Mandela, de nome “Mandela – Longo Caminho para a Liberdade”, que retrata a vida conturbada e persistente do ex-Presidente da África do Sul que, desde muito cedo, como advogado, defendeu os autóctones negros acusados por um sistema judicial conivente com o regime de segregação racial que imperava na África de Sul, durante o século XX. Esse posicionamento púgil na defesa dos direitos humanos, contra a opressão branca sobre a população negra, obriga-o a aliar-se à organização A.N.C, tornando-o líder e, por consequência, preso por supostos atos de terrorismo. Suportando uma detenção deplorável, o filme mostra-nos o seu espírito de sacrifício e resiliência, características que foram cruciais para a sua libertação decorridos 36 anos, em 1990, e para a libertação do seu povo do jugo de uma minoria branca. O exemplo da vida de Nelson Mandela é um incentivo para aqueles que, no dia a dia, enfrentam a intransigência racista.       

Por último, recomendo a história verídica do malogrado cantor britânico Freddy Mercury, que faleceu vítima da terrível doença VIH/SIDA, deixando siderada a generalidade do seu séquito. O filme denominado de “Bohemian Rhapsody”, inicia-se com a criação da prodigiosa “Banda Queen”, levada ao sucesso pela audácia de Freddie Mercury, criando e executando com mestria músicas inesquecíveis. Contudo, com a progressão do enredo, é visível a sua decadência, derivado ao seu perfil lascivo e, com isso, a inevitável desintegração do grupo, até que surge um imprevisto convite para a realização de um espetáculo de beneficência, que junta os seus componentes pela última vez. 

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