Recentemente, a Associação Portuguesa de Imprensa, e a AIIC, enviaram, conjuntamente, uma missiva ao Primeiro-ministro, Dr. António Costa, alertando-o para a situação dramática em que se encontra, atualmente, a Imprensa em Portugal.

Desconheço se houve resposta, e se a vai acudir, já que atravessa a pior crise de sempre, a ponto de vir, a curto prazo, desaparecer.
Todos sabemos, que para haver verdadeira e plena democracia, é essencial: imprensa; e imprensa livre.

Com a crise económica que assolou o País que, felizmente, dizem ter terminado, houve menos receitas de publicidade, tanto nos órgãos de expansão nacional como nos periódicos locais.

Juntamente com a quebra, aliou-se a diminuição acentuada de assinantes e leitores. Certamente, não é alheio o facto de os pensionistas e reformados (principais leitores de jornais e revistas,) mormente, os considerados da Classe Média não terem poder de compra suficiente para adquirirem e assinarem as publicações.
O problema dos baixos salários parece que em breve será resolvido. Serão as pensões da dita Classe Média também aumentadas? Duvido, porque não ouço os políticos ventilarem o tema.

Não digo que os jovens não comprem jornais; mas, em regra, são os idosos que, por hábito ou necessidade, ainda os adquirem. Basta visitar os Centros Comerciais, para constatar a idade dos leitores.
Outrora, a maioria dos crentes sentiam-se na obrigação de assinarem os hebdomadários católicos, e auxiliar e ler a Boa-imprensa — como se dizia, — era dever de todo o bom católico.
Infelizmente, esse hábito ou obrigação, caiu em desuso.

Nos nossos dias poucos são os fiéis que pagam a côngrua, e ainda menos, os que adquirem a Boa-imprensa.

Deste modo, um a um, a imprensa católica ou não, vai desaparecendo.

Cada vez mais, se vê abandonada de todos, inclusive do governo.
Será que o nosso primeiro-ministro se lembrará dela? Deus queira. Porque, com ela, desaparecerá, igualmente, a democracia, e quiçá, o Amor à Pátria.