Foi com profunda tristeza que tive conhecimento da morte do meu grande Amigo Matias de Barros, ocorrida no dia 26 de Maio passado. A cultura do Alto Minho ficou mais pobre. Tive o privilégio de ser seu Amigo e colaborador em várias das suas publicações, nomeadamente no jornal “O Vianense”, até este ter terminado. Foi um choque muito grande que tive, e que ainda sinto.
Matias de Barros nasceu em 1935, em Neves – Vila de Punhe, Viana do Castelo. Foi colaborador, enquanto redator, primeiro no “Notícias de Viana” e, depois, no “A Aurora do Lima”.
Foi o fundador do jornal “O Vianense”, criado em 15 de janeiro de 1980 (no qual colaborei) e seu diretor durante cerca de 40 anos. Esteve na génese da criação dos “Cadernos Vianenses”, onde também colaboro. Este grande intelectual vianense colaborou com a RTP (Rádio Televisão Portuguesa) e Radiodifusão Portuguesa (atual Antena 1), na produção de programas de bastante sucesso junto do público Alto-Minhoto e de todo o Norte. Foi correspondente dos jornais “Diário do Norte” e “Diário de Notícias”, entre vários. Publicou, em 1973, o livro “Viana do Castelo – Capital do Alto Minho” e, em 1978, “As comédias de Santo António de Portela Susã”. Colaborou, ao longo dos anos, em diversos jornais e revistas, nomeadamente o “Notícias dos Arcos” (que também contou com a minha colaboração), “Cardeal Saraiva”, de Ponte de Lima, “Publituris”, “Cruzada de Bem-Fazer”, sem esquecer as revistas culturais sobre a Romaria da Senhora D’Agonia, Feiras Novas (Ponte de Lima) e festas de Vila de Punhe, além de outras publicações.
Muito mais haveria a dizer sobre este meu grande Amigo, falecido na sua casa em Viana do Castelo, vítima de doença natural, mas fica, para já, esta minha singela homenagem. Para toda a sua família, os meus sentidos pêsames e para ti, meu grande Amigo, um eterno abraço. Nunca sairás do meu coração. Agradeço a Deus ter-te conhecido.