Aquele brilho vital – a Esperança

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“Tudo que se fez neste mundo foi feito pela esperança”, disse Martinho Lutero. A esperança é talvez a principal felicidade a que este mundo se pode permitir. Uma coisa é certa: nem o indivíduo, nem a sociedade podem sobreviver sem ela.

A esperança é o mecanismo que mantém a raça humana tenazmente viva e a sonhar, planear e construir. A esperança não é antónimo de realismo: é antónimo de cinismo e de desespero. A maior parte da humanidade sempre teve esperança quando parecia não haver solução: suportou o insuportável e conseguiu construir quando não havia com o que construir. Um coração feliz faz tão bem como um medicamento, diz a Bíblia. O homem que tem esperança vê os outros seres humanos como eles poderiam ser e, então, tenta ajudá-los. A assinatura da esperança parece estar escrita na terra, no céu, no mar e nas nossas vidas. As células dividem-se, as flores crescem, as árvores dão folhas, os animais dão crias e tudo numa espécie de orquestração cósmica, de apelo ao futuro.

Anseie pela beleza do próximo momento, da próxima hora, pela promessa de uma boa refeição, por um bom sono ou um bom livro, por um filme, pela certeza de que esta noite as estrelas brilharão e amanhã o sol nascerá.

Firmes raízes no presente até que lhe voltem as forças para pensar o futuro. Acredite na esperança. Não se deixe arrastar pelos pessimistas que não acreditam. É o adulto em nós, e não a criança que, nocauteada, se levanta de novo e diz, contra todas as possibilidades: “Amanhã será melhor”. Vale a pena ter esperança, porque nos permite sorver a última gota de alegria do tempo que ainda nos resta!

Filomena Freitas

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