Direitos e Deveres

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O respeito pelos direitos de quem trabalha deve ser o mais elementar princípio de quem gere, seja ele o patrão ou o comum administrador deste. E não se fala de direitos morais, porque nessa matéria estamos muito longe do plausível. A questão é de direitos primários, consignados em lei e por isso absolutos e inquestionáveis.

Subscrita por diversos trabalhadores do Centro Hospitalar do Alto Minho, chegou à Redação deste jornal uma denúncia formal a referir o atraso no pagamento de subsídios de acidentes de trabalho aí ocorridos, alguns há já vários anos. Do facto, não se deu conhecimento sem justificação da entidade inculpada. No jornalismo feito com seriedade os procedimentos são estes: ouvir as partes e noticiar com imparcialidade. Com manifesto desagrado, respondeu-nos a Exma. Administração do Hospital, argumentando que a matéria em causa não era de discussão jornalística, antes merecedora de análise técnico-jurídica cuidada, estando tal a acontecer, provavelmente com conclusão breve.

É consabido que as indemnizações resultantes de acidentes de trabalho, desde que não julgadas em tribunal, são pagas em prazos mínimos. E com lógica, já que basta aos acidentados as consequências diretas dos acidentes. Não seguir esta prática e arranjar processos moratórios para cativar dinheiro de terceiros é, no mínimo, um procedimento censurável. Pior ainda se o valor em causa for de pouca monta e por isso irrelevante num orçamento de milhões, como é o caso de uma unidade hospitalar desta grandeza. O que se consegue com tal expediente é criar agastamentos em ambientes de saúde pública, locais onde a serenidade deve prevalecer, para bem dos prestadores de serviços e de quem destes beneficia, que somos todos nós.

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