As festas D´Agonia – Na carta do “Janeiro” deparou-se-nos uma linda silhueta, formosamente pintalgada pela penna de Julio de Lemos. Como entre os nossos leitores muitos há que amam as boas lettras, para aqui transpomos, com adevida venia, o mimoso trecho:
“Destas da Agonia! Estas três resumidas palavras ressoam a nossos ouvidos como outros tantos acordes magestosos e empolgantes.
É que sempre ou quasi sempre essa romagem tradicional revestia grandeza, harmonia, colorido, encantos raros e sugestivos.
Festas da Agonia! Como quem diz: muita beleza na paisagem florida e variegada; muita luz no céu azulineo; muita magia nas coisas e nas almas; muito bulicio nas ruas e nos jardins; uma bondade infinita e uma infinita graça espargeladas em redor de nós…
Festas da Agonia! Pitorescas, inolvidáveis feiras francas para quem nelas sabe escutar, palpitante e generoso, o coração do Minho abérrimo e pagão! Festas da Agonia! que saudade dêsses três brevissimos dias de despreocupado prazer, em que os feitiços de uma remançosa e maravilhosa terra se multiplicam singularmente! (…)”.