Europeias

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Com as eleições europeias a aproximar-se, as estratégias adotadas por cada um dos partidos concorrentes vão-se tornando cada vez mais legíveis e previsíveis.

Entretanto, com base nas sondagens publicadas, afigurasse-nos serem previsíveis, com alguma segurança, dois factos: não sendo provável a obtenção pelo PS de uma maioria absoluta, a manter-se o atual panorama o seu resultado será, mesmo assim, superior à soma dos resultados dos partidos da direita (PSD, CDS e ALIANÇA).

Tratando-se de uma eleição europeia, um tal resultado corresponde a um ou dois deputados mais do PS, em consonância com o prestígio de que goza o atual governo nas instituições europeias.

Quanto à direita, a começar pelo PSD de Rui Rio, é manifesta a incapacidade de curar as mazelas herdadas do período Coelho/Portas ou sequer minimizá-las.

Negativo o facto de não ter capacidade para substituir o “eterno” Rangel, apesar da sua manifesta perda de apoios, quer pelos erros cometidos, quer por atitudes assumidas depois de, mais uma vez, confirmada a sua manutenção como número um da lista.

A ALIANÇA do Santana Lopes (na realidade um PPD ressuscitado, libertado duma “aliança” com o PSD, que o Santana Lopes nunca conseguiu digerir…) não se apresenta suficientemente credível para obter um resultado significativo.

A completar as “hostes” da direita temos um CDS comandado por uma senhora que, apesar da realidade dos factos, continua a afirmar-se candidata a PM e ser presidente do único partido com capacidade para resolver os problemas deste país.

Que eu saiba, pelo menos para já, ainda não se ofereceu para resolver os problemas da União Europeia.

Para os partidos da esquerda, PCP e BE, ambos anti União Europeia, esta campanha tem como objetivo principal fortalecer as suas situações atuais para, nas legislativas, conseguir aumentar a sua influência numa eventual segunda Geringonça.

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