Não é fácil, não…

Leandro Matos
Leandro Matos

São tantas as privações com que nos vemos agora coagidos e acantonados às nossas casas! Realmente não esperávamos isto! Impressionante!

Comerciantes, trabalhadores, funcionários, professores, enfermeiros, médicos, crianças, etc. As interdições que têm como sustentáculo a Covid-19. São de tal ordem que, apesar de nestes dias, o sol nos consolar um pouco, atinge especialmente os turistas desprovidos de se bronzearem. E é pena!

Escolas fechadas, universidades, teatros, algumas fábricas e por aí fora. As praias interditas e não só, impedem as pessoas de passarem parte das suas férias, aproveitando o calor estival, sobretudo as jovens raparigas que tanto gostam de tonificar a sua pele.
As crianças, sobretudo as dos ATLs, vêem-se agora limitadas no tempo, entregues aos seus pais e familiares. Pois, a sensação mais agradável é a paz de espírito e o mais belo dia é o de hoje, segundo Madre Thereza de Calcutá.

Há ainda quem possa aproveitar este sol que a natureza nos vem contemplando. Porém, está em causa a salvação de muitas pessoas no mundo. Uns de uma maneira, outros de outra. Quase todos somos uma espécie de prisioneiros domiciliários sem que nenhum juiz nos tenha sentenciado.

Infelizmente, no tempo que vivemos só nos resta acatar ordens das autoridades e dizer adeus às necessidades mais prementes, sobretudo no que concerne ao ócio.

Mas voltando ao início deste texto, a verdade é que esta pandemia não nos vai permitir andar sossegados, livres de espírito durante algum tempo.

Éramos bem mais felizes antes de sermos invadidos por este mal que nos expropria a todos, de algum modo, das nossas liberdades quotidianas. E quando olhamos para essa Europa fora?!

Ficamos quedos e imobilizados no pensamento e nas perspectivas de apaziguamento. Não nos apercebíamos disso antes e, só agora, damos o verdadeiro valor às conjunturas que há bem pouco tempo dispúnhamos. Impressiona, aterroriza, esmorece-nos e deixa-nos indefesos e provoca-nos uma sensação de frustração, inquietação e medo. Se nos perguntarmos: Para quando a saída desta vida tormentosa?! Esta epidemia não vai piorar subitamente!?

Creio não haver resposta pronta de momento. Oxalá eu me engane, mas que não vai ser fácil. Não vai.

Foto: Sapo

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