O professor à distância

Leandro Matos
Leandro Matos

Ser professor à distância, nesta época que atravessamos, tem de ser filólogo e filósofo. Nele próprio está implícito o espírito crítico, o querer ensinar tudo ao aluno, modelando-lhe o espírito para aprender o que de melhor temos, com distanciamento não será tão fácil…?! Penso eu. Sobretudo, quando um aluno pretende um esclarecimento verbal. Através dos computadores, calculo que haverá mais alguma dificuldade, embora os jovens os dominem com alguma aptidão.

Há que ser bom profissional. Não são só as pretensões salariais, as subidas de escalão, os dias por contar… ou outras regalias justas, que fazem bons professores e, consequentemente, bons alunos, mas há necessidade de criar docentes dedicados, estudiosos, que pesquisem os segredos, que formem o homem de amanhã. Quem tem filhos em idade escolar sabe que é assim. E mais, com o período de mudança que atravessamos há necessidade de muita coragem e dedicação, em especial para os que lutam por melhores notas para ingresso nas universidades. E como vão ser depois os exames ou as notas, apesar de todos estes contratempos e revindicações!?

As novas técnicas, os novos sistemas, uns mais razoáveis que outros, devem atualizar o “mestre-escola” para caminhar com segurança e transmitir com profundidade a disciplina que lhe compete. Ensinar é quase uma ciência exata. Cada vez mais, o professor de qualquer disciplina é um cientista. É um humanista, cultiva, forma e transmite conhecimentos. Tem a noção de como fazer reagir os alunos, e teoriza, sempre que possível neste ou naquele sentido, em conformidade com a reação do educando, que só ele conhece. Tem a responsabilidade de o/os acompanhar na sua formação.

Qualquer agente de cultura: escritor, jornalista, historiador, artista, certamente, que recorda, com saudade, pela vida fora, os seus professores. No entanto, nas nossas escolas, desde há algum tempo, tem-se assistido a uma espécie de “revolução” no ensino, e, essencialmente, nestes últimos tempos. Tudo muda para os docentes que reivindicam e para os alunos, mas para os pais também. Contudo, como já não é a primeira vez, tem a classe, certamente, as suas razões, mas os alunos e sobretudo os pais suportam isso? Aguardam por um acordo que satisfaça ambas as partes. Apesar de tudo, não deixarão de ser bons professores e profissionais à distância. 

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