Uma nova pandemia

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No passado dia 11 de Março, o vírus Covid-19 foi declarado como pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Em primeiro lugar há que salientar a diferença entre pandemia e epidemia. Pois bem, a primeira, respetivamente, remete para um surto mundial que afeta um elevado número de pessoas em vários países (mais precisamente 121 países, atualmente, segundo o jornal Expresso). Enquanto epidemia remete para um surto local – regional ou nacional – de forma inesperada.

O problema deste novo vírus é que se propaga com uma tremenda facilidade, como se pode observar pelo número de afetados pelo mundo inteiro (cerca de 122 mil pessoas). No entanto, é de salientar a cura de 66 mil infetados. Cerca de quatro mil doentes faleceram do vírus.

Até agora apontei os dados factuais. Há que saber inicialmente de que se trata para, por ventura, poder lidar com o que se tem em mãos. O novo vírus é, de facto, algo preocupante, mas não se deve empregar erradamente o termo “pandemia” – 57 países dos 121 afetados apontam até à data 10 casos ou menos – o que significa que o contágio desta pandemia deve-se em muito à negligência social que é causada quotidianamente.

As universidades fecharam (pelo menos durante 15 dias), eventos culturais foram cancelados, voos também foram cancelados, entre outros que albergavam um número elevado de cidadãos. Isto aconteceu para evitar a propagação da doença, uma atitude correta a ser tomada em tempos de “alarmismo mediático” para evitar o pior. Ainda assim os supermercados foram esvaziados e o egoísmo social tomou proporções absurdas.

As pessoas esqueceram que há grupos de risco que podem ser verdadeiramente afetados devido à falta de consciência e civismo por parte de cada um de nós – isto implica idas aos centros comerciais comprar roupa, ou idas à praia devido ao “bom tempo” – por atitudes como estas, está em causa a vida de inocentes que nada têm que ver com a negligência social e ainda assim podem morrer.

Márcio Luís Lima

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