Em 1990, o índice de afetação de área desportiva do concelho de Viana era metade do recomendado pelo Conselho da Europa.

A Câmara, com o apoio do Governo, gizou e iniciou a execução de um plano de construção de equipamentos desportivos, cobertos e descobertos, na cidade e nas freguesias não citadinas, que, além do Complexo Desportivo Regional, incluía os pavilhões desportivos de Santa Marta de Portuzelo e do Monte da Ola, a ampliação do pavilhão de Monserrate, as piscinas das Azenhas de D. Prior e a piscina do Atlântico. 

Lamentavelmente, depois de 1994, o Complexo Desportivo foi abandonado e a pousada da juventude, que dele fazia parte, foi implantada no terreno da antiga piscina do hotel Afonso III, que tinha sido comprado pelo Município, para nele construir as piscinas municipais das Azenhas de D. Prior, cobertas e aquecidas… e cuja empreitada de betão já tinha sido adjudicada!

Mesmo assim, os “espaços naturais” com elevada aptidão para a prática desportiva, designadamente, a orla litoral – no surf, windsurf e vela – e o estuário do Lima – no remo, na canoagem e, também, na vela –, terão chegado para esquecer a falta daquelas infraestruturas e Viana é a 11ª cidade portuguesa a receber a distinção de Cidade Europeia do Desporto.

Agora, quando nos preparamos para mostrar ser merecedores desta distinção, ouso sugerir que a Edilidade vianense aproveite a oportunidade para suprir o défice de equipamentos resultante do abandono dos projetos do Complexo Desportivo Regional e das piscinas das Azenhas de D. Prior.