Viana, os militares e a guerra

Branco Morais
Branco Morais

Há pouco mais de um século, estavam aquartelados no distrito de Viana dois regimentos, um de Infantaria e outro de Artilharia, com um efetivo total que rondaria os 650 militares.

Em 1978, perdido o batalhão de caçadores que restava da sua antiga importância militar, algumas associações vianenses juntaram-se para reivindicar a manutenção de um destacamento militar no Alto Minho. Como dirigente do Centro de Estudos Regionais, participei nesse movimento. Mas, remando contra a maré vazante da Instituição Militar e sem fortes ventos favoráveis que soprassem, tanto das autarquias como da sociedade civil, a reivindicação não foi atendida. 

Depois da queda do Muro de Berlim, os portugueses e os outros europeus cultivaram a crença na paz permanente, desvalorizando a utilidade dos serviços prestados pelos militares, como construtores da Paz. Os efetivos militares reduziram-se cada vez mais e as dotações orçamentais para a Defesa foram, quase sempre, emagrecendo em percentagem do PIB nacional.

Desde o último dia 24, uma nova realidade emerge no Mundo: a Rússia invade a Ucrânia e ameaça a Europa como espaço de liberdade!

A falta de braço armado da União Europeia, a fraqueza do poder dissuasor das Forças Armadas dos países europeus e a aparente debilidade do chapéu militar da NATO terão levado a Rússia à guerra contra a Ucrânia, para submetê-la ao seu império!

Esqueceu-se a elite russa de que o cheque à independência e liberdade dos ucranianos indignaria a opinião pública mundial e uniria os países europeus na imposição de pesadas sanções à Rússia. E esqueceu-se o Kremlin de que a patriótica resistência do povo ucraniano à invasão poderia ser muito corajosa e até heroica – como está a ser! 

Glória à Ucrânia!

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