Vivências medievais em Viana

Carlos Branco Morais
Carlos Branco Morais

Em 1992, um grupo de dinâmicos professores das escolas secundárias do concelho, a que se associaram outros do Alto Minho e de Guimarães, gizaram um “Projeto Vida – Viva a Escola”, que celebrasse a concessão a Viana, em 1286, de uma feira quinzenal, mobilizando alunos e docentes e também a população extraescolar.

Tratava-se de um projeto inovador e bem estruturado, de cujo programa constavam feiras, danças, cantares, robertos, romeiros, jogos, música, teatro, exposição, comes e bebes e outros quadros vivos do quotidiano medieval.

Mesmo depois de angariadas as promessas de apoio de diversas instituições, a execução de tão ambicioso programa só seria possível com o robusto patrocínio da Câmara e o apoio logístico da comissão de festas da cidade, que dela dependia.

Reconhecendo o interesse municipal da iniciativa e que os seus organizadores, além de competência profissional, revelavam qualidades de gestão adequadas para o seu sucesso, a edilidade vianense não deixou de lhes conceder os apoios necessários. 

E, assim, há 30 anos, ocorreram as “Vivências Medievais em Viana”, antepassadas das nossas “feiras medievais”!

Aquelas vivências e outras atividades culturais – que, partindo da comunidade, eram patrocinadas e apoiadas pela Câmara e até estimuladas por ela – consubstanciaram uma gestão cultural descentralizada e que tão boa sementeira terá deixado no concelho.

Infelizmente, a concessão de apoios, mais de acordo com afinidades políticas e interesses eleitorais, feita pelos executivos seguintes, terá dificultado que parte dessa sementeira frutificasse adequadamente, empobrecendo a cultura vianense.

Rendo homenagem aos organizadores e participantes nas “Vivências Medievais em Viana”!

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