A Páscoa do antigamente

A festa da Páscoa é a seguir ao Natal a grande festa das famílias. Recordo os velhos tempos da minha mocidade em que a Páscoa, por nós, muito desejada, era o momento para estrear a fatiota nova, que os nossos pais, com grande sacrifício, mas com chieira, nos preparavam.

No dia, era preciso acordar cedo para vestir a roupa nova. Era altura de sair para ir à casa dos padrinhos (compadres) e dos amigos e passear pelos caminhos da aldeia acompanhando o compasso em que a campainha tocava a anunciar a Aleluia, e se ouviam os bombos e a gaita galega que também faziam parte da festa. Chegada à hora do almoço, reunia-se a família num são convívio e num almoço melhorado.

A festa prolongava-se pelo domingo e segunda-feira e mais tarde com o aumento da população pelo domingo seguinte (Pascoela). Outros tempos!

Recordamos aqui a cópia de uma foto de 05 de abril, do ano de 1931 que o Engº Barros Lopes ofereceu ao Grupo Etnográfico de Areosa e que lhe tinha sido disponibilizada pela prima Alice da Nateira.

O compasso era presidido pelo padre Videira e o mordomo da cruz era o António Soares Ribeiro da Silva (Soares do Pales).

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