A Meningite e o Programa Nacional de Vacinação

“A vacinação é uma das principais conquistas da ciência e o seu impacto na saúde pública é enorme. Programas de vacinação robustos e sustentados permitem aliviar pressão sobre o sistema de saúde e transferir recursos para outras áreas, como o acesso à inovação terapêutica. Adicionalmente, a vacinação contribui, também, para o combate global contra a resistência antimicrobiana, ao reduzir a utilização de antibióticos. Não há falta de evidência científica a demonstrar as mais-valias da vacinação. O que parece existir é falta de informação e, na GSK, acreditamos que é nosso dever liderar a comunicação nesta área, para ajudar a construir uma opinião pública mais informada e consciente”.

Olga Castro, Scientific Manager da Área
das Vacinas do Departamento Médico da GSK

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vaci-nação evita a morte de dois a três milhões de pessoas, por ano, em todo o mundo, e somente a água potável rivaliza com a vacinação na sua capacidade de salvar vidas. Atualmente, cerca de 30 doenças podem ser prevenidas, ou a sua incidência diminuída, através da vacinação.

Sobre a Meningite
A Meningite é uma inflamação das membranas que protegem o cérebro e a espinal medula. É uma doença súbita e grave, que pode conduzir à morte em 24 horas. Existem mais de 2,8 milhões de casos, anualmente, em todo o mundo. Embora seja uma doença pouco frequente, qualquer pessoa, em qualquer idade, pode ser afetada, sendo que os recém-nascidos, crianças, adolescentes e idosos são os que estão em maior risco. Cerca de 1 em cada 5 sobreviventes apresentam sequelas físicas e mentais, como surdez, lesões cerebrais ou amputações. Numa fase inicial, nas primeiras 4-8 horas, os sinais e sintomas são pouco específicos e podem ser semelhantes aos de uma gripe, o que dificulta o diagnóstico. A evolução da doença é muito rápida, pelo que a vacinação é a melhor forma de prevenção.
Existem vários tipos de Meningite. As mais frequentes são as Meningites víricas, causadas por vírus, e as Meningites bacterianas, provocadas por bactérias. As primeiras são habitualmente menos graves, mas a recuperação pode levar vários meses. As Meningites bacterianas são geralmente mais graves e requerem tratamento médico adequado aos primeiros sintomas, estando associadas a uma taxa de mortalidade que ronda os 10%. Podem ser causadas por diferentes tipos de bactérias, nomeadamente, por meningococos, pneumococos, Haemophilus influenzae, entre outros. Estas bactérias podem ser transmitidas, sobretudo, através de contacto direto e secreções respiratórias.
Relativamente ao meningococos, existem diferentes grupos em circulação em todo o mundo, sendo que os mais frequentes são os do grupo A, B, C, W e Y. Neste momento, em Portugal, o grupo mais frequente é o grupo B, afetando sobretudo crianças com idade inferior a 5 anos, com uma incidência superior abaixo do ano de idade. Nestes casos, a taxa de mortalidade situa-se entre os 5 e os 14%, sendo que 11 a 19% dos doentes sobrevivem com algum tipo de sequela.
A forma mais eficaz de evitar a Meningite meningocócica é a prevenção através da vacinação. Atualmente, existem vacinas para os 5 tipos mais frequentes de meningococos: A, B, C, W e Y. A vacina para grupo B, o mais frequente no nosso país, apenas está incluí-da para grupos de risco no PNV, nomeadamente, doentes com asplenia, défices congénito de complemento ou sob terapêutica com inibidores de complemento.

(Foto: “sol.sapo.pt – Sapo”)

 

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