O Cancro do Intestino em Portugal

O cancro do intestino é uma patologia que se desenvolve pelo aparecimento de lesões no intestino grosso ou cólon podendo formar pólipos. Os pólipos podem aumentar de tamanho e tornarem-se malignos originando o cancro. Em Portugal, esta doença tem uma mortalidade de 11 pessoas por dia! Uma realidade assustadora e que tem uma incidência de cerca de 7 mil novos casos em cada ano, sendo detetado principalmente a partir dos 50 anos.
Esta doença é de progressão lenta e silenciosa, por vezes sem sintomas. Mas relativamente aos mesmos é importante que cada um de nós esteja atento às alterações persistente dos hábitos intestinais, ao aparecimento de prisão de ventre ou diarreia (ou uma alternância das duas), sem razão aparente e/ou fezes muito escuras, a perda de sangue pelo reto ou misturado nas fezes sem irritação, dor ou prurido, a sensação de que o intestino não esvazia completamente, uma dor forte, e o desconforto abdominal e/ou cansaço sem explicação aparente. Estes são os principais sintomas que se podem destacar desta patologia.
É também importante destacar que os fatores de risco do cancro do intestino aos quais devemos estar atentos são: o histórico familiar da doença de ascendentes diretos, diagnóstico de pólipos intestinais, o diagnóstico de doença intestinal inflamatória (doença de chron ou colite ulcerosa). Outros importantes fatores são a idade (50 anos), a obesidade e o sedentarismo, as bebidas alcoólicas em excesso, o tabagismo e uma alimentação descuidada rica em gorduras, fritos, comida processada e pobre na ingestão de frutas, fibra, vegetais, legumes, baixa ingestão de água e líquidos.
O cancro do intestino é uma doença evitável e perfeitamente rastreável, com uma elevada taxa de cura, cerca de 90% dos casos, se detetado atempadamente. A nível de diagnóstico falamos, essencialmente, do rastreio através da pesquisa de sangue oculto nas fezes e da colonoscopia.

A colonoscopia é o método mais eficaz de rastreio permitindo também a remoção de pólipos em pleno ato médico.
Ainda não existe rastreio de base populacional ao cancro do intestino em Portugal, rastreio que poderia salvar vidas através da deteção precoce da doença e também evitaria custos futuros em tratamentos para o Serviço Nacional de Saúde. É inaceitável que em pleno século XXI morram 11 Portugueses por dia por este cancro do intestino quando se trata de uma doença perfeitamente rastreável.
Quanto aos tratamentos desta doença os mais comuns são: a cirurgia localizada; a radioterapia que pode atuar reduzindo o tamanho do tumor e assim facilitar a sua remoção ou no pós-operatório para eliminação de células não extraídas; e também a quimioterapia que destrói as células cancerígenas e pode complementar uma cirurgia curativa, e também ser eficaz em casos de metastização da doença, ou seja, quando a mesma invade outros órgãos do corpo.
Importante mesmo é apostar na prevenção e nunca ser necessário chegar à fase de tratamentos. Neste sentido a Europacolon Portugal tem conduzido o seu trabalho nos últimos 11 anos nas atitudes preventivas que cada cidadão deve adotar para uma postura ativa e uma melhor literacia em Saúde para, em primeiro lugar, nos prevenirmos e em casos de encararmos uma doença, sermos capazes de enfrentar melhor qualquer situação.

Vítor Neves – Presidente da direcção da Europacolon Portugal

(Imagem: “Notícias ao Minuto”)

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