A Fundação Casa de Bragança, detentora do original, editou agora o livro “Álbum Sequeira – Caderno de Desenhos de Domingos Sequeira”, onde apresenta os 95 desenhos feitos nesta viagem, com estudos sobre o artista de José Luís Porfírio (Historiador de Arte e ex Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga), de Eduardo Pires de Oliveira (Investigador do ARTIS/Instituto de História de Arte/Faculdade de Letras / Universidade de Lisboa), sobre o território e paisagem; e de João Alpuim Botelho (Historiador, ex-diretor do Museu do Traje de Viana do Castelo), sobre os trajes, com o texto “Domingos Sequeira, etnógrafo acidental. Para o estudo do traje popular em Portugal”. Trata-se de uma viagem que o pintor fez em 1806 pelo Minho, com o objetivo de desenhar paisagens, monumentos e trajes.
A viagem começou no Porto e passou por Braga, Guimarães, Barcelos, Ponte de Lima, Soajo, Monção, Cerveira, Valença, Caminha, e, claro está, Viana. Em Viana desenhou uma paisagem, vários objetos relacionados com o culto de D. Frei Bartolomeu dos Mártires e trajes populares.
Estes sete desenhos de trajes vianenses, de Areosa, Meixedo, Carreço e Castelo de Neiva são cerca de 50 anos mais antigos que as primeiras representações dos mesmos, que começaram a ser feitas pelos anos 1860.
Depois das apresentações em Guimarães, no Paço dos Duques e em Braga, no Mosteiro de Tibães, em Viana, a apresentação foi feita no Paço d’Anha, solar que, até ao século XVI, pertenceu à Casa de Bragança, integrando as Terras do Neiva.
Na apresentação estiveram presentes Maria de Jesus Monge (representante da Casa de Bragança), Isabel Fernandes (diretora do Paço dos Duques, em Guimarães) e os autores Eduardo Pires de Oliveira e João Alpuim Botelho, para além do representante do Paço d’Anha, Pedro Alpuim.
A apresentação do livro atraiu cerca de 80 pessoas, na sua maioria ligadas à vida cultural alto minhota, a presidente da Assembleia Municipal, Flora Silva e o vereador da Cultura, Manuel Vitorino.