“Alto Minho 4D” abre portas ao património

Foi apresentado, na semana passada, em conferência de imprensa, aquele que é o principal resultado do projeto “Alto Minho 4D – Viagem no Tempo”, que está a ser desenvolvido pela CIM Alto Minho, em conjunto com os 10 municípios do Alto Minho, e que pretende trazer novas propostas de visitação e exploração do património histórico e cultural do território já a partir deste mês de maio.

Trata-se da rede de 10 rotas culturais que foi criada no âmbito deste projeto, cada uma associada a diferentes períodos da história, desde a pré-história até à atualidade, nas quais se incluem alguns dos mais notáveis bens patrimoniais da região. São elas: a Rota da Arte Rupestre e do Megalitismo, a Rota dos Castros, a Rota do Romano, a Rota do Românico ao Gótico, a Rota dos Mosteiros, a Rota dos Descobrimentos, a Rota dos Castelos e Fortalezas, a Rota do Barroco, a Rota da Arquitetura Tradicional e a Rota do Moderno ao Contemporâneo.

Como ponto de partida para a visitação de uma rota, foi criado um espaço físico em cada concelho do Alto Minho, com a designação de Estação ou Porta do Tempo, que se constitui como um centro de recursos partilhados sobre uma determinada rota e que apresenta um conjunto de atrações e experiências interativas que dão o mote para uma “viagem no tempo” que pode ser feita de duas formas: por temática, percorrendo-se o seu itinerário pelos concelhos que a compõem; ou por concelho, descobrindo as diferentes rotas que o incluem.

Na conferência de imprensa, realizada no emblemático edifício do Hospital Velho, em Viana do Castelo, que acolhe entre outras valências, a Estação do Tempo dos Descobrimentos, o presidente da CIM Alto Minho, José Maria Costa, salientou a importância deste projeto ao pretender valorizar um conjunto de rotas em que o Alto Minho tem grande expressão.

“Sendo o Alto Minho uma das regiões do Norte de Portugal com maior número de imóveis classificados, houve uma preocupação em preservar, valorizar e divulgar todo este património”, referiu José Maria Costa, acrescentando que “o Alto Minho tem monumentos de grande representatividade histórica, que poderão ser agora visitados em contexto de rotas e até mesmo ser explorados ao nível da visitação pelas escolas e agentes turísticos”.

A Estação do Tempo dos Castros, localizada na Casamata da Porta do Rosal, em Monção, foi inaugurada no último dia 1, e a Estação do Tempo dos Romanos, na Casa do Arnado, em Ponte de Lima, a 18 de maio. Arcos de Valdevez e Viana do Castelo também têm já as suas estações do tempo concluídas. Nos restantes municípios, as estações do tempo ficarão concluídas progressivamente até finais de julho.

Com um investimento global de cerca de dois milhões de euros, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Norte 2014-2020 (NORTE 2020), dos quais cerca de metade foi alocado aos municípios para a execução das estações do tempo, o projeto “Alto Minho 4D – Viagem no Tempo” incluiu o desenvolvimento de muitas outras atividades, em parceria com diversas associações culturais e recreativas do Alto Minho, uma das quais a AO NORTE -, que produziu 10 documentários.

De acordo com Rui Ramos, que também esteve presente na conferência de imprensa, em representação da AO NORTE, “os documentários viajam por diferentes períodos da história do território, querem dar a conhecer aspetos da identidade cultural do Alto Minho e divulgar bens patrimoniais que são testemunhos de um passado coletivo”. Para a sua realização, registou a colaboração de especialistas e investigadores em diferentes áreas.

Item adicionado ao carrinho.
0 itens - 0.00

Ainda não é assinante?

Ao tornar-se assinante está a fortalecer a imprensa regional, garantindo a sua
independência.