Bispo da Diocese e o “fazer a vida em casa”

Neste momento difícil que atravessamos, o Bispo da Diocese, D. Anacleto Oliveira, dirigiu a todos os diocesanos uma mensagem a propósito da declaração do Estado de Emergência Nacional e o facto de a grande maioria das pessoas passar “fazer a vida em casa”.

“Nela podemos reforçar a sua componente social, tão ou mais imprescindível que a individual. Tanto preciso dos outros, como eles precisam de mim. A começar pelos mais próximos: os familiares, para os quais, tantas vezes e por tantas razões, não tínhamos tempo. Agora, obrigam-nos a estar juntos: o marido com a esposa, os pais com os filhos e os filhos com os pais e, eventualmente, os avós. Vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana e várias semanas por mês”.

Lembrando que, “só assim se evita o temido contágio”, aproveita para deixar alguns conselhos: “Organizemos previamente o nosso dia-a-dia, particularmente se temos crianças entre nós. Que bela oportunidade para serem ainda mais educadas a terem regras e a segui-las!”

IGREJAS “DOMÉSTICAS”
Por outro lado, o bispo de Viana do Castelo propôs aos fiéis do distrito que criem igrejas “domésticas” para fazer face ao confinamento no domicílio a que estão sujeitos devido à pandemia da Covid-19.

D. Anacleto Oliveira propõe “que se definam momentos e lugares de oração e se preparem esses momentos e lugares com textos, preferencialmente bíblicos, e símbolos, como imagens, estampas, flores ou outras ornamentações”.

“De tal modo que o espaço em que rezamos em casa se pareça com o de uma igreja e a família seja o que deve ser, uma igreja doméstica, como família cristã que é”, sugere o bispo.

O prelado sugere, ainda, que, missa dominical (e outras), “se siga uma das muitas celebrações, transmitidas pela TV ou via Internet. Não assistindo; mas, participando, rezando, cantando (se soubermos), vestindo-nos do mesmo modo como quando vamos à igreja e fazendo os mesmos gestos que se fazem na igreja.” Se assim for, considerá que “será uma verdadeira Missa, excetuando na comunhão eucarística que, nestas circunstâncias, terá de ser espiritual.”

COLABORADORES DAS IPSS’S
D. Anacleto Oliveira dirigiu uma outra mensagem. Depois de enaltecer o papel dos profissionais de saúde e o seus colaboradores, com os riscos que correm, lembra os papel dos que, nas instituições de solidariedade social (IPSS’s), sobretudo nas valências envolvendo pessoas idosas e debilitadas.

“Já há vítimas entre esses colaboradores. E outros temem, mais cedo ou mais tarde, vir a sê-lo” refere, pedindo-lhes, porém, que “não deixeis os idosos e débeis entregues a si mesmos, salvo naqueles casos extremos em que a vossa saúde já não vos permite continuar e em que certamente se encontrará gente que vos substitua.”

Lembra-lhe, porém, a necessidade de se resguardarem. Expressando a gratidão da Diocese, refere que “na medida das nossas possibilidades, estamos dispostos a proporcionar-vos os meios logísticos necessários, para que, depois do vosso trabalho, não tenhais imprescindivelmente de voltar para casa, para junto dos vossos familiares, podendo assim infetá-los”.

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