Na última quarta-feira, pelas 15h, algumas dezenas de bombeiros sapadores manifestaram-se em frente ao edifício da Câmara Municipal. À mesma hora iniciava-se a reunião ordinária do Executivo Municipal.
Os bombeiros acusam o comandante de “dualidade de critérios” e o autarca vianense de “nada fazer”. Um dos gritos entoados era: “presidente escuta, os bombeiros estão em luta”.
José Maria Costa, no final da reunião, questionado pelos jornalistas não reagia à manifestação, mas dizia: “É com alguma estranheza que eu vejo esta movimentação [manifestação]. Temos sido sensíveis e solícitos em relação a reivindicações que nos parecem justas e que, naturalmente, vamos sempre aperfeiçoando”, referia o autarca.
Acrescentando que desde a mudança de municipais para sapadores, os bombeiros tiveram um aumento salarial de “mais de 300 euros”.
“Quando assumimos a transição de municipais para sapadores tínhamos sete anos para fazer a atualização remuneratória e nós fizemos logo a atualização”, esclarece o autarca socialista. José Maria Costa admite que “nenhuma organização é perfeita”, mas reiterou a confiança no comando, que “reúne as condições para continuar”.
José Maria Costa anunciou a abertura de um novo concurso de recruta de novos sapadores. “Desde que lidero os destinos de Viana, é a terceira vez que abro um concurso para os bombeiros”. Adiantando que “estamos sempre disponíveis para fazer melhor, mas sinto-me bem com a minha consciência”.
Em Diário da República foi publicado, há dias, a abertura de um procedimento concursal para 11 bombeiros. De acordo com o aviso, os sapadores têm como objetivo “combater os incêndios; prestar socorro às populações em caso de incêndios, inundações, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes, catástrofes ou calamidades”.
Têm ainda como missão prestar socorro a náufragos e fazer buscas subaquáticas; exercer atividades de socorro e transporte de sinistrados e doentes, incluindo a urgência pré-hospitalar; fazer a proteção contra incêndios em edifícios públicos, casas de espetáculos e divertimento público e outros recintos; colaborar em outras atividades de proteção civil; entre outros.
Entre os requisitos gerais, encontra-se a nacionalidade portuguesa, não inibição do exercício de funções públicas ou não interdição para o exercício daqueles que se propõe desempenhar, robustez física e perfil psíquico indispensáveis ao exercício das funções, bem como o cumprimento das leis de vacinação obrigatória.