Bombeiros Voluntários pedem inatividade da função

Foram 23 os bombeiros voluntários de Viana do Castelo que pediram a inatividade de funções, por um período de um ano. Em causa está a indicação da direção de Jorge Alonso para o lugar de comandante da Corporação. A direção iniciou ainda um processo de inquérito para averiguar “acusações sérias”.

Apesar destes pedidos, o presidente da Corporação adianta que “o nosso corpo de bombeiros fica com cerca de 60 elementos, não pondo em causa o socorro à população”. David Lourenço acrescenta que “neste momento estamos também a receber pedidos de transferências de bombeiros de outras corporações”.

Recorde-se que no final de 2021 foi indicado, pela direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo, o nome de Jorge Alonso para o cargo de comandante. 

A Corporação tinha, há cerca de ano e meio, um comandante interino. Aquele nome é contestado por alguns bombeiros, que desencadearam um abaixo-assinado, que “foi subscrito por mais de 57% dos elementos da Corporação”. “Não assinaram mais pessoas, porque têm medo de represálias. Mas todos os graduados assinaram o documento e alguns estagiários também fizeram questão de assinar”, refere fonte do grupo. 

O presidente da Direção salienta que “foi analisado o respetivo abaixo-assinado, o qual foi subscrito por vários bombeiros incluindo estagiários onde põem em causa o facto de ser a pessoa mais competente para o cargo”. David Lourenço relembra que “quem atribui competências para o respetivo cargo é a Escola Nacional de Bombeiros, pelo que qualquer que fosse o nome escolhido o mesmo teria de frequentar a formação específica para comandante, que é o que vai acontecer com o elemento escolhido que terá de fazer ainda um longo percurso formativo”.

Os subscritores do abaixo-assinado falam que Jorge Alonso “já foi adjunto do comandante noutra corporação e não esteve muito bem”. As principais queixas prendem-se com “o relacionamento com as pessoas” e não com as “competências técnicas para a função”. 

David Lourenço informa ainda que “vieram a público algumas acusações sérias acerca do bom nome da pessoa escolhida”. O presidente da Direção revela que foi iniciado um processo de inquérito “para apuramento da veracidade das mesmas para posteriormente agir em conformidade”.   

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