Clube dos Poetas Vivos: primeira sessão ao sábado

Tal como foi anunciado, realizou-se no dia 23 março – à entrada a primavera – o 1º sábado cultural do CPV — inspirado no filme “Clube dos Poetas Mortos”–, altura em que se juntaram os poetas da Nóbrega e Valdevez e fundaram o CPV.

“E porquê poetas vivos?” – perguntou o repórter da Rádio Barca aos responsáveis do “Bar do Rio” por mais este lançamento artístico e cultural. O Dr. José Maria Lacerda e Megre explicou então, que o escopo a alcançar será acordar a lírica que está escondida em cada um dos barquenses, terra de poetas recônditos, e partilhá-la com todos os outros amantes de poesia, tão carenciados de cultura e arte. Isto é, aqueles que alguma vez criaram um poema – e quem o não fez? – venha declamá-lo ou transmiti-lo ao Bar do Rio, nos sábados à tarde. Tudo para que um dia, quando partirem para o Além, a sua poesia de poeta desaparecido, se mantenha viva para sempre, tal como os poetas imortais, designadamente, Camões, Pessoa, Garrett, Torga, Feijó, Frei Agostinho da Cruz, Diogo Bernardes, António Correia de Oliveira, Pedro Homem de Mello, David Mourão Ferreira, Ary dos Santos e tantos outros poetas já desaparecidos.

Com um fundo musical de viola, guitarra, concertina e outros instrumentos de ocasião, foram recitados alguns dos poetas presentes, quer pelos próprios, quer por declamadores, que também se associaram a esta manifestação artístico-cultural. Foram ditas poesias dos sócios honorários do Clube dos Poetas Vivos: Manuel Parada, António Carneiro, Silvestre Bastos, Manuel Rocha, Manuel dos Santos e tantos outros, transmitidas pelos próprios autores e ainda pelos declamadores Arriscado Magalhães e Amílcar Mendes.

Todos fizeram vibrar os participantes deste primeiro encontro do Clube dos Poetas Vivos, e que se irá repetir, em princípio todos os sábados à tarde.

Para intervalar a declamação, foi proferida uma curta, mas brilhante e erudita conferência pelo Professor Doutor José Galvão, da Universidade de Montpellier – França. Também de referir a honrosa presença da Sra. D. Constança de Abreu e Lima, que muito se emocionou a ouvir o Capitão Adolfo Bastos cantar na toada coimbrã, versos do poeta de Valbom, Silvestre Bastos, e José Maria Megre interpretar quadras de Manuel Parada, extraídas do seu livro “Pegadas do meu Caminhoo”, com música do vira de Coimbra.
F. L.

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