Persistem as descargas poluentes no rio Lima. Quem o garante é Bloco de Esquerda que, nesse sentido, questionou o Governo, designadamente o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, através dos deputados Maria Manuel Rola e José Maria Cardoso.
“As descargas de efluentes poluentes têm sido recorrentes junto à margem direita do rio Lima, junto à Ponte Eiffel na freguesia de Darque, em Viana do Castelo. No dia 29 de outubro, ocorreu novamente uma descarga poluente naquele local, tendo sido possível verificar a existência de uma grande quantidade de partículas e espumas em suspensão, água acastanhada e odores nauseabundos”, garantem os bloquistas que têm “acompanhado de perto os episódios de poluição no rio Lima”, tendo já, noutra ocasião, inquirido o Governo sem obter qualquer resposta.
De acordo com a população local, refere o Bloco, os episódios de poluição são recorrentes, ocorrem pelo menos desde outubro de 2019 e poderiam ser provenientes da estação elevatória de Darque e da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) de Viana do Castelo.
Nesse sentido, questiona o Governo sobre se tem, nomeadamente, conhecimento destes episódios, se as entidades competentes têm sido notificadas das descargas, se a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem monitorizado o estado ecológico e químico das águas do rio. Pretende ainda saber se o Governo confirma a situação relativa à libertação dos efluentes pela ETAR e se vai tomar diligências para a resolver.
Entretanto, a empresa Águas do Norte já recusou “qualquer anomalia”, na estação elevatória de Darque e na ETAR de Viana, que tivesse originado no final de outubro uma alegada descarga poluente no rio Lima.