“Diário dos dias da peste” apresentado em Viana

As mensagens diárias recebidas pelos “ephemeros” (sic) durante os meses do confinamento da pandemia de Covid-19 deram origem a um novo livro da coleção da associação cultural Ephemera. A obra foi apresentada na última sexta-feira na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo pelo diretor da Ephemera e pelo médico psiquiatra Júlio Machado Vaz.

“O livro, a partir do momento que chega às nossas mãos deixa de ser do autor”, começava por referir o médico psiquiatra. Júlio Machado Vaz é amigo de infância de José Pacheco Pereira e enaltecia o trabalho deste último na preservação da “memória”. Lembrando algumas das passagens do livro, o médico psiquiatra sublinhava que “um dos maiores presentes que o Zé nos deixa é impelir-nos para a memória. Na cabeça dele o que domina é que recordar devia ser aprender e nem sempre é”.

José Pacheco Pereira elogiava o trabalho do núcleo de Viana. “O trabalho em Viana é um trabalho excelente”, reconhecia. Acrescentando que a Ephemera “gere um arquivo dos maiores de Portugal e dos maiores da Europa”. Adiantando que “este livro é a nossa melhor propaganda”. 

“Fizemos este livro por causa do confinamento”, informava o diretor da Ephemera. Durante os meses da pandemia de 2020 e 2021, os membros da associação recebiam mensagens diárias sobre algum elemento do arquivo. No final, algumas foram compiladas e foi elaborada a antologia.

Pacheco Pereira garantia que o arquivo Ephemera é “uma versão moderna dos Gabinetes de Curiosidades”. Assegurando que todo o trabalho é feito na base da “curiosidade” e graças ao “trabalho voluntário” de muitos membros. 

Antes da apresentação desta obra que aconteceu na Biblioteca Municipal, Pacheco Pereira, como já é prática habitual, teve um encontro com o núcleo local do EPHEMERA, a que associou colaboradores e doadores desta Associação, no Café Girassol, às 18h30.

No seu estilo muito peculiar, manifestando todo aquele entusiasmo que lhe reconhecemos e bem observamos quando vem até nós, numa cavaqueira muito animada, deu a conhecer o imenso material que continua a chegar à sua Associação, todo ele de grande importância para a divulgação do conhecimento da sociedade portuguesa. Falou de projetos, deu a conhecer materiais que considera de importância fundamental para saber o que fomos e o que somos e, como não poderia deixar de ser, falou de materiais de Viana, onde o EPHEMERA tem faltas, concretamente dos ENVC. Mas alguém lhe disse que, com o tempo, tudo se resolverá.  

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