Exposição: Alto Minho a cinco mãos

Cinco designers resgatam e reinterpretam as tradições e ofícios do Alto Minho, algumas já em “vias de extinção”.

Cinco designers criam em conjunto com cinco artesãos, objetos identitários do Alto Minho, desenvolvendo cinco protótipos a apresentar na Fundação Bienal de Cerveira, já a partir de amanhã, dia 23 de março, até 11 de maio.

Estes designers foram selecionados no concurso Arts+Handicrafts Alto Minho e vão apresentar os produtos que desenvolveram, de mãos dadas com os artesãos do Alto Minho, numa exposição que terá lugar no Fórum Cultural de Cerveira, com inauguração prevista para as 15h30.

A sessão de abertura da exposição será o momento de conhecermos os vencedores e o momento da estreia da curta metragem que faz o retrato, desde o esboço até ao produto final, do processo criativo dos cinco projetos.

Este concurso, promovido pela CIM Alto Minho (Comunidade Intermunicipal do Alto Minho), teve como principal objetivo a aproximação de gerações de fazedores e criadores, através da valorização e reinterpretação das artes e ofícios tradicionais do Alto Minho, visando atrair agentes criativos para a região, bem como reforçar e difundir a imagem do Alto Minho enquanto território criativo.

Aos concorrentes foi assim proposta a apresentação e execução, de conceitos artísticos e objetos de design, que promovessem uma abordagem contemporânea às técnicas e saberes guardados por gerações de artesãos deste território.

Deste modo, depois de mapeados 63 artesãos, 26 foram documentados, tendo em conta a ligação do artesão ao ofício, nomeadamente por herança familiar e a ligação com os 10 municípios do Alto Minho (Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte do Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira). Os testemunhos dos 26 artesãos encontram-se disponíveis on line em www.artshandicrafts.pt, constituindo também um valioso registo na primeira pessoa das artes e ofícios tradicionais que atualmente existem no Alto Minho.

No âmbito do concurso propriamente dito, os concorrentes selecionaram um ou vários artesãos identificados, integrando a sua técnica e ofício no desenvolvimento da sua ideia. De seguida, foram reunidas as 15 ideias selecionadas numa residência de formação e casos práticos diretamente relacionados com a abordagem contemporânea que o Arts+Handicrafts desenvolveu. O objetivo foi proporcionar uma sessão de mútua aprendizagem com designers com trabalho já amplamente reconhecido: Célia Esteves com “Rug by Gur”, Iva Viana com “Iva Viana Atelier de Escultura” e Filipa Belo com o projeto “Portugal Manual”, no sentido de selecionar os 5 projetos que passariam à fase de desenvolvimento de protótipo e que agora serão apresentados em exposição.

O Arts+Handicrafts Alto Minho é financiado no âmbito do Programa Operacional Norte 2020 e tem como objetivo a promoção e dinamização das artes e ofícios tradicionais do Alto Minho, visando estimular a inovação e a criatividade, assim como fomentar a criação de empresas capazes de aliar a tradição à modernidade, desafiando estudantes e profissionais de design e arquitetura a valorizar, criativamente, o riquíssimo património imaterial do Alto Minho.

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